Movimentos sociais promovem Semana pela Democratização da Comunicação

No mundo inteiro, estudantes, comunicadores, ativistas da comunicação, entidades e movimentos sociais comemoram o dia 18 de outubro como o Dia Internacional pela Democratização da Mídia. No Brasil, para marcar a data este ano, várias entidades estão promovendo a quarta edição da Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, com atividades acontecendo em todo o país. Em vários Estados e no Distrito Federal, as atividades vão do dia 17 até o dia 22 de outubro.

“Hoje, a comunicação é central na vida de todos. Todo mundo vê televisão, ouve rádio, lê algum jornal ou revista – nem que seja na pendurada na própria banca de jornal ou na sala de espera do dentista. Esses veículos de comunicação influenciam muito nossos gostos e opiniões, mas muito pouca gente como a mídia é construída, que ela tem lado e opinião – e mais, que ela tem dono”, afirmam os organizadores da Semana Nacional pela Democratização da Comunicação.

No Brasil, nove famílias são donas da maioria das rádios, tevês, jornais e revistas que dominam as informações. “Essas famílias não estão preocupadas em informar e prestar serviços públicos, mas sim em preservar e aumentar seus próprios lucros e interesses. Profissionais que querem fazer uma comunicação diferente são demitidos, movimentos sociais são criminalizados”, reforçam os militantes do movimento.

A Semana Nacional pela Democratização da Comunicação é uma oportunidade de problematizar e discutir essas questões. A comunicação não é exclusividade do dono da tevê, do rádio ou do jornal, mas é um direito de todos. Se todos tiverem voz, se a comunicação for efetivamente democratizada e democrática, a construção de um Brasil melhor terá dado um passo importante.

Quem faz a semana?

A Semana Nacional pela Democratização da Comunicação está em sua quarta edição, e é promovida por diversos coletivos, entidades e movimentos no Brasil afora. Entre outros, participam da Seman, o Centro de Mídia Independente [CMI], Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social [Enecos], Coletivo Intervozes, Sindicatos de Jornalistas e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.