Começou na segunda-feira (4/12), em Luziânia, o maior Congresso da Fasubra

Com o tema “Organizando os trabalhadores”, começou ontem, em Luziânia, o maior Congresso da história da FASUBRA. A estimativa é que o evento reúna mais de 850 delegados. Somando os ouvintes presentes ao Congresso, chegará a quase 1000 pessoas presentes nos debates.

Foi com o Auditório Central lotado e dividido entre as cores vermelha, amarela e azul, que o Mestre de Cerimônias Anchieta iniciou a cerimônia. A abertura começou com uma homenagem dos congressistas aos diretores da FASUBRA Marcelo Oliveira e Marlene Ortiz, falecidos recentemente. A flautista Patrícia Vieira Coelho fez todos viajarem ao som de "Rosa e Carinhoso", composições do famoso mestre Pixinguinha. Em seguida, foi formada a mesa da abertura. Compareceram, além dos três coordenadores gerais da Fasubra, representantes do  ANDES, MEC, ANDIFES, CUT, FENASPS, CNTE e FENAJUFE.

Os três Coordenadores Gerais da FASUBRA tiveram oportunidade de falar, cada qual deixando claras as posições políticas de suas correntes, acenando assim, para uma disputa ideológica acirrada, que certamente será a o rumo das discussões do congresso. O Secretário Executivo do MEC, André Lazáro, primeiro a utilizar a palavra, enfatizou que uma das prioridades do segundo mandato do Governo Lula é uma “Educação de Qualidade”. Em seguida, o representante da ANDIFES, João Batista lembrou a história política da FASUBRA reconhecendo-a como única entidade capaz de representar os trabalhadores da Educação. A terceira participante da mesa a utilizar da palavra foi a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Raquel Guisoni, que saudou todos os congressistas e fez uma convocação para todos os trabalhadores se unirem em defesa dos direitos dos trabalhadores e da educação. Além disso, enfatizou o respeito às opiniões diferentes e a democracia brasileira. Maria da Graça, representando a FENAJUFE, colocou a FASUBRA como referencial de luta dos trabalhadores do serviço público, saudando a todos com desejos de boa luta e que, ao final do congresso a federação saia fortalecida.

Hélio de Jesus, em nome da FENASPS, salientou a história de proximidade das duas federações, que cresceram e caminharam juntas no processo de construção da luta do trabalhador. Saudou os militantes elogiando a coragem de todos por abrir um debate sobre o princípio da independência e autonomia dos trabalhadores perante qualquer governo. Hélio não deixou de citar o “massacre que os trabalhadores da previdência sofreram ao longo da história, e que se intensificou com o último Governo”. Desejou que o resultado do congresso seja a construção de uma unidade real, a exemplo de um passado não muito distante da memória dos trabalhadores.

Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), demonstrou grande expectativa em que o congresso traga propostas concretas e que ajudem de fato a luta dos trabalhadores. Colocou os desafios que vêm pela frente, como por exemplo, a disputa de hegemonia com uma pauta própria. A plataforma dos trabalhadores deve ser , segundo Artur, redução de juros, redução do superávit primário, entre outros, porém, sendo o mais importante a luta por um salário mínimo digno e por uma correção na tabela do imposto de renda. Por último, externou seu desejo de um fortalecimento do projeto sindical cutista. Após a fala do representante da CUT Nacional, mais uma vez se tornou claro, a polêmica que esta por vir sobre a CUT.

A segunda etapa deste momento ficou reservada a leitura e aprovação do regimento do XIX CONFASUBRA. De forma tranqüila e com poucos pontos polêmicos, apenas 7 destaques o regimento foi aprovado com algumas abstenções. Por ultimo, a abertura foi encerrada com apresentação cultural do grupo de dança “Pellinsky”.

Com informações do SINTEST/RN