Greenpeace em campanha contra liberação do milho transgênico

Para influenciar o voto dos 27 membros da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) contra a liberação do milho transgênico no Brasil, dezenas de voluntários do Greenpeace estão em pontos-chaves de sete cidades brasileiras – Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte (foto), Salvador, Porto Alegre, Manaus e São Paulo – com faixas e filipetas trazendo o nome e cidade de estado de cada um dos 27 membros da entidade.

O grupo de voluntários vai abordar as pessoas, apresentar os integrantes da CTNBio e explicar a importância que a decisão tomada por eles têm para a sociedade brasileira. As atividades nas ruas acontecerão até o dia 15 de fevereiro.

A CTNBio se reunirá nos dias 14 e 15 de fevereiro para discutir a aprovação dos pedidos feitos por empresas multinacionais de biotecnologia. Há oito pedidos de liberação comercial a serem avaliados e julgados na comissão: cinco de milho, dois de algodão e um de arroz. Nessa próxima reunião, é o milho transgênico que está em jogo. Apesar de sua importância – afinal, eles podem decidir o que nós vamos comer amanhã -, a CTNBio e seus membros são praticamente desconhecidos do público.

“Os voluntários do Greenpeace estão alertando a população para a importância de garantir a biossegurança brasileira”, disse Gabriela Vuolo, coordenadora de campanha de engenharia genética do Greenpeace Brasil. “Se o milho transgênico for liberado no país, muita coisa estará em jogo”.

Contaminação genética

Segundo Gabriela, além de ser um dos três cereais mais consumidos em todo o país (de acordo com o IBGE), o Brasil também é centro de diversidade de milho, ou seja, possui inúmeras variedades crioulas que foram aprimoradas e adaptadas pelos agricultores ao longo de muitos anos de cultivo. “Tudo isso seria colocado em risco, porque o milho tem um grande potencial de contaminação genética”, disse Gabriela.

Os voluntários incentivarão as pessoas a enviar mensagens eletrônicas para os membros da CTNBio, pedindo para que não aprovem as variedades transgênicas e exigindo o direito de consumir alimentos saudáveis.

Fonte: Ecoagência