Servidores da Ufrgs cobram cumprimento do Acordo

Os servidores técnico-administrativos da Ufrgs realizaram uma manifestação pelo Cumprimento do Acordo, nesta quarta-feira, dia 27. A Assufrgs chegou cedo ao saguão da Reitoria para organizar a atividade que iniciou com um café da manhã. O reitor José Carlos Hennemann e a pró-reitora de Recursos Humanos Jeruza Cunha foram levar sua solidariedade ao movimento. Por volta do meio-dia, foi servido o almoço, o tradicional salchipão.

O governo Lula ameaça não cumprir os Acordos de Greve firmados ao longo do ano de 2007, falando em "Repactuação". Para garantir as conquistas firmadas em um Termo de Compromisso, após 98 dias de Greve, as entidades de base convocaram um Dia Nacional de Luta com paralisação nas Universidades, pelo Cumprimento do Acordo, nesta terça e quarta-feiras, dias 26 e 27. A decisão foi aprovada na Plenária Temática da Fasubra Sindical, que aconteceu nos dias 16 e 17, em Brasília. Segundo informou o coordenador da Fasubra, Francisco Alves (Chiquinho), 25 universidades haviam aderido à paralisação.

“Mesmo sem CPMF, arrecadação cresce. Recorde em janeiro põe em xeque argumento de que o fim de contribuição ameaçaria os programas sociais”. A manchete do jornal Zero Hora desta quarta (27), exposta em painel ao fundo do saguão, foi destacada na fala dos coordenadores da Assufrgs que ocuparam o microfone. “O argumento do governo para não cumprir o acordo não tem fundamento”, destacaram.

Reitor apóia os servidores

Já o professor José Carlos Hennemann reafirmou a posição a favor do cumprimento do acordo expressa aos coordenadores da Assufrgs em audiência na terça-feira (26). Segundo ele, a Administração da Ufrgs, assim como os reitores da Andifes, estão muito preocupados. “A Andifes foi signatária deste acordo que deve ter continuidade. Semana que vem vamos dicutir a posição da nossa entidade frente ao MEC”, informou o reitor. Ele salientou ainda que o Plano de Carreira é um avanço para toda a categoria e que o não cumprimento do acordo é um problema não só dos técnicos-administrativos, mas de gestão. “Teremos sérios prejuízos com os concursos que vêm pela frente, prejudicando o processo de ampliação da Universidade.”

A pró-reitora de Recursos Humanos levou um documento com respostas ao ofício encaminhado pela Coordenação da Assufrgs na audiência com questão relativas à saúde. Jeruza informou que o GT Saúde da Administração continua trabalhando para concluir o edital para a realização da licitação do Plano de Saúde. A previsão é que na primeira quinzena de março o grupo repasse o edital para a pró-reitoria de Planejamento realizar a licitação. Segundo ela, provavelmente em maio poderá ser assinado o contrato. Também relatou que já foi realizado o contato com o Ministério do Planejamento para a Ufrgs integrar o convênio que a Universidade Federal de Ciências Médicas fez com o GEAP. Quanto à inclusão de exames periódicos na Portaria, Jeruza disse que o ministério fará uma normativa a esse respeito. Nos dias 13 e 14 de março, o representante do ministério Sérgio Carneiro estará em Porto Alegre para traçar diretrizes para o ano em relação ao Novo Sistema Integrado de Saúde Ocupacional do Trabalhador.

Quanto ao Ambulatório do campus do Vale, Jeruza informou que deve ser entregue até o final de março. Conforme destacou a coordenação da Assufrgs, o Ambulatório foi uma demanda do I Encontro de Saúde atendida pela Administração.

Os servidores receberam, ao longo do dia, manifestações de solidariedade de representantes da Intersindical, CTB, Conlutas e CUT.

Veja abaixo o documento entregue aos deputados federais pela Fasubra Sindical:

ATÉ QUANDO OS TRABALHADORES DAS UNIVERSIDADES CONTINUARÃO SENDO O MENOR PISO E TETO SALARIAL DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL?

A FASUBRA Sindical, sempre acreditou no processo de negociação, e reconhecendo o papel desenvolvido pelos parlamentares na resolução do impasse entre governo e trabalhadores, por ocasião da negociação de 2007, vem externar a sua preocupação com a credibilidade do processo negocial, que resultou na construção do Termo de Compromisso entre governo e Trabalhadores (as) das IFES.

O ajuste no orçamento apresentado pelo Relator, não explicita a garantia do cumprimento dos Acordos, colocando a categoria em uma situação de dúvidas e insegurança quanto ao cumprimento do Acordo em sua íntegra (conteúdo e prazos).

Os trabalhadores (as) técnico-administrativos das IFES entendem que o cumprimento dos Acordos é que dá credibilidade do processo negocial e, na discussão de ajustes no Orçamento, a EDUCAÇÃO DEVE TER PRIORIDADE e os Trabalhadores (as) não devem pagar a conta!!!

Durante a negociação, que duraram 100 dias, a FASUBRA reivindicou a aplicabilidade do Acordo a partir de janeiro de 2008.

Resultante da mesa de negociação, o Acordo firmado terá sua aplicabilidade acordada para o mês de maio de 2008, completando dessa forma 02 anos e 05 meses, sem nenhum reajuste para o conjunto da categoria. Além disto, os salários dessa categoria representam os menores pisos e tetos do conjunto do funcionalismo público federal.

Esta situação de injustiça social discrimina um setor importante do serviço público, cujo papel enquanto trabalhadores (as) em educação precisam ser relevados.

Reivindicamos tratamento igual ao destinado para áreas tidas como estratégicas para o Estado e questionamentos: Se a expansão das Universidades é prioridade, os trabalhadores (as) precisam ter salários dignos!!!

POR JUSTIÇA SOCIAL NO TRATAMENTO COM OS TRABALHADORES (AS) PÚBLICO!!!
CONTAMOS COM O VOSSO APOIO NESTA LUTA.

Fonte: Katia Marko/Engenho Comunicação e Arte