Servidores da UFRGS e da UFSM paralisam no RS

Servidores das universidades federais realizaram nesta terça e quarta-feira dois dias de paralisação em todo o país. Eles protestam contra a possibilidade do governo atrasar o reajuste salarial, que ficou acordado durante a greve da categoria no ano passado, que durou mais de três meses.

Nesta quarta-feira (27), servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) realizaram um protesto na reitoria da instituição. O coordenador-geral da Associação de Servidores da Ufrgs (ASSUFRGS), José Luis Rockenbach, explica que, pelo acordo, o governo deveria transformar em lei as oito cláusulas previstas no plano de reestruturação da categoria, inclusive o reajuste dos salários a partir de Maio deste ano. No entanto, com a extinção da CPMF, o governo pretende rever o acordo, visando a uma readequação do Orçamento.

“Nós não aceitamos, nossa reivindicação era para Janeiro, aceitamos que fosse para Maio deste ano, e agora o governo está dizendo que não vai cumprir devido à questão da CPMF”, diz.

Em Santa Maria, a paralisação iniciou ainda na terça-feira (26), finalizada na quarta. Segundo o coordenador-geral da Associação de Servidores da Universidade Federal de Santa Maria (ASSUFSM), Rogério Joaquim da Silva, o fim do imposto não pode resultar em prejuízo para os trabalhadores.

“Não entendemos que seja justo, agora, a gente continuar pagando a conta, ou seja, há uma expectativa gerada para os servidores e para a comunidade. Não vai ser agora que vamos abrir mão, de novo, desse direito que foi adquirido com muita luta”, diz.

A categoria estuda realizar, ainda, uma marcha a Brasília na primeira quinzena de Março, a fim de pressionar o governo para o cumprimento do acordo. Se as reivindicações dos trabalhadores não forem atendidas, eles não descartam o início de uma nova greve. A Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e a Fundação Universidade de Rio Grande (FURG) não aderiram às paralisações.

Fonte: Patrícia Benvenuti/Agência Chasque