Assufrgs promove sessão especial do filme “Sicko-SOS Saúde” hoje

Assufrgs, Sindisprev/RS, Sindicaixa, Simpa e Ugeirm apresentam o filme Sicko–SOS Saúde, do cineasta estadunidense Michael Moore, em uma sessão especial nesta segunda-feira, 7 de abril, Dia Mundial da Saúde. A sessão inicia às 17h30, no Cine Guion 3, na rua Lima e Silva, 776. Na abertura, a atividade contará com a participação do ex-secretário de Saúde de Porto Alegre Lúcio Barcelos e da vice-presidente do Sindicato dos Médicos do RS, Maria Rita de Assis.

O documentário retrata como o sistema de saúde do Estados Unidos é inacessível para a parcela da população mais pobre e até mesmo da classe média. O filme mostra, por exemplo, os voluntários que trabalharam no ataque às torres gêmeas em 11 de setembro chamados de “heróis do 11 de setembro”, mas que não tiveram possibilidade de tratar os ferimentos em decorrência do trabalho nas Torres Gêmeas. Michael Moore os leva para serem tratados em Cuba, de maneira a comparar a eficiência do sistema de saúde nos dois países.

O diretor faz uma radiografia assustadora: segundo ele, aproximadamente 47 milhões de norte-americanos não têm seguro de saúde, nem qualquer condição de obter este item, que é privado e caro. No filme há casos realmente impressionantes, como o do casal de jornalistas que foram à ruína depois do câncer que acometeu a mulher, o que os levou a morar de favor no porão da casa de um de seus filhos. Ou o de outra mulher, cujo marido morreu aos poucos diante de seus olhos, pela negativa de seu seguro de saúde de cobrir um transplante de medula -que foi classificado como "tratamento experimental".

Moore percorre países capitalistas onde o sistema de saúde é socializado, como a Inglaterra, o Canadá e a França, encontrando alguns exemplos de que é possível manter um atendimento de massa e de qualidade.

O ponto alto é a viagem a Cuba, que rendeu problemas na justiça dos EUA para Moore. O cineasta lota um navio de pacientes desprotegidos pelo sistema privado de saúde norte-americano e dirige-se primeiramente à base de Guantánamo, enclave dentro de Cuba onde as autoridades dos EUA mantêm os prisioneiros suspeitos de terrorismo e de pertencerem à Al-Qaeda.

Moore revela que mesmo estes prisioneiros, apontados como vítimas de violações de direitos humanos por organismos internacionais, ironicamente recebem assistência médica gratuita do governo norte-americano, ao contrário dos cidadãos de seu próprio país.

Evidentemente, o navio de Moore não recebe autorização para descer na base militar e dirige-se à Cuba socialista de Fidel Castro -onde a medicina é totalmente gratuita para qualquer pessoa. Lá, os pacientes norte-americanos recebem diagnósticos, tratamentos e medicamentos, a preços ridicularmente inferiores aos praticados nas farmácias dos EUA.