Curso de Concepção e Prática Sindical será nos dias 18, 19 e 20 de julho

As inscrições para o Curso do Núcleo Piratininga, organizado pela Assufrgs, foram encerradas no dia 11 de julho. O Curso está aberto para os membros titulares do Conselho de Delegados e a coordenação da Assufrgs. O Curso de Concepção e Prática Sindical e Organização por Local de Trabalho será nos dias 18, 19 e 20 de julho, na Colônia de Férias da Ufrgs em Tramandaí. Veja abaixo o conteúdo do Curso.

Conteúdo do Concepção e Prática Sindical:
– O que é sindicato
– Concepção dos clássicos de esquerda sobre sindicatos
– A visão capitalista de sindicatos
– Sindicatos e neoliberalismo
– As concepções de sindicato na história dos trabalhadores brasileiros
– O Novo Sindicalismo: gestação e florescimento
– O nascimento da CUT e seus princípios
– O Sindicalismo de Resultados e a Força Sindical
– A década de 90 e os impasses do sindicalismo brasileiro
– De FHC ao Governo Lula: mudanças e novos desafios

Conteúdo do Curso de Organização no local de trabalho (OLT).
-Histórico da OLT no Brasil e no Mundo
– Aplicação à realidade concreta doa Assufrgs
– Exercícios e trabalho de grupos

Público: dirigentes sindicais e militantes de base

Monitor de Concepção e Prática Sindical: Vito Giannotti
Carga horária: 16 horas (2 dias)

Monitor de OLT: Nadine Habert
Carga horária: 8 horas (1 dia)

Quem é Vito Giannotti:

Brasileiro nascido na Itália,Vito trocou a Faculdade de Filosofia pelo ofício de trabalhador braçal – foi marítimo e nos anos 60 fixou-se no Brasil, trabalhando como metalúrgico, em São Paulo. Em seu currículo de 64 anos bem vividos predominam algumas paixões: além do Brasil e dos trabalhadores e sua história, Vito é apaixonado por comunicação popular. Numa sociedade em que a grande mídia, com raras exceções, volta-se inteiramente para a defesa do mercado e do capital, ele entende que o trabalhador precisa criar a sua própria comunicação, para disputar hegemonia.

“Os trabalhadores que querem mudar o mundo e a sociedade na qual vivem precisam conhecer sua história” – diz Vito, logo na introdução de seu livro "História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil".

Nos anos 60 e 70, Vito lutou contra a ditadura militar e, como tantos que militaram naquela época, foi preso várias vezes – pelo Exército, pelo Dops e pela Polícia Federal. Nas lutas diárias como metalúrgico forjou a sua militância sindical no Brasil e descobriu a importância de uma comunicação alternativa, popular, voltada para os interesses dos trabalhadores. Dos boletins e jornais sindicais para os livros foi um pulo. Escreveu, entre outros, O que é Estrutura Sindical (Brasiliense), CUT ontem e Hoje (Vozes), Força Sindical – a Central neoliberal (Mauad), Muralhas da Linguagem (Mauad), O que é Jornalismo Operário (Brasiliense) e Comunicação Sindical – a arte de falar para milhões (Vozes), este último em parceria com a sua mulher, a jornalista Claudia Santiago.

No início da década de 90, cada vez mais envolvido pelo tema da comunicação popular, fundou, com Claudia, o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e passou a dar cursos e fazer palestras em diversas partes do país, a convite de sindicatos e associações de classe. Sempre tendo como perspectiva a importância da comunicação sob a ótica dos trabalhadores, na disputa da hegemonia sócio-político-cultural.