Bush leva sapatadas no Iraque, jornalista esta preso em lugar incerto.

Muntazer al-Zaidi, de 29 anos, o jornalista iraquiano que ficou famoso no domingo ao lançar seus sapatos contra o presidente George W. Bush, esta preso em lugar incerto. A emissora TV Al-Baghdadiya, criada em 2005 e financiada por um empresário iraquiano, pediu nesta segunda-feira que Al-Zaidi seja libertado em respeito à liberdade de expressão. Não há informações sobre o local de sua prisão. No Cairo, o diretor de programação do canal, Muzhir al-Jafaji, afirmou temer pela segurança de Zaidi.

Al-Zaidi, que trabalha há três anos na TV, detesta os Estados Unidos e seu presidente. Natural da cidade xiita de Nassiriyah, 350 km ao sul de Bagdá, ele mora com os irmãos no centro de Bagdá. Em novembro de 2007 foi seqüestrado na capital iraquiana e permaneceu uma semana em cativeiro.

O canal de TV, com sede no Cairo, é "independente e não está vinculado a nenhum partido político", disse Rubaie.

Seus colegas de trabalho disseram que ele premeditou seu ataque. "Ele nos preveniu faz meses, faz pelo menos sete meses, que lançaria os sapatos contra Bush se tivesse chance de estar em frente a ele", disse um de seus colegas. "Quando ele nos prometeu isso, pensamos que eram só palavras." Outro colega confirmou: Muntazer detesta os Estados Unidos, detesta os soldados americanos, detesta Bush." "Era possível esperar um gesto assim da parte dele, porque é realmente um patriota em todos os assuntos vinculados ao Iraque", disse Jihad al Rubaie, outro companheiro dele. "Ele é comunista".



Pentágono mentiu sobre progresso de reconstrução no Iraque

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos inflacionou os números para esconder o fracasso do plano de reconstrução do Iraque, após a invasão e posterior ocupação ordenada pelo presidente do país, George W. Bush, revelou neste domingo (14) o diário novaiorquino The New York Times. Um relatório do Escritório do Inspetor Geral Especial para a Reconstrução do Iraque, citado pelo jornal, assinala que o Pentágono tratou de maquiar os problemas.

A violência, a burocracia e a ignorância dos aspectos básicos da sociedade e a infra-estrutura do país árabe foram as causas do fracasso, assinala o texto, intitulado "Duras lições: a experiência da reconstrução iraquiana". A batalha política entre republicanos e democratas também influenciou, agrega. Segundo o jornal, no processo de reconstrução dessa nação do Golfo Pérsico foram gastos em um curto período de tempo cerca de US$ 117 bilhões. Como exemplo da manipulação do Pentágono, cita a alteração dos números, especialmente na reorganização do Exército e polícia iraquianos.

De acordo com o documento, o ex-secretário de Estado Colin Powell reconheceu que, nos meses posteriores à invasão, o Departamento de Defesa "continuou inventando cifras das forças de segurança iraquianas, um número que pode ter sido ampliado em 20 mil por semana".
Cinco anos depois do início da "reconstrução", Washington não tem nem as políticas nem a capacidade técnica e estrutura organizacional necessária para conduzir o processo, assegura o relatório.

Informa tambem que pode-se apenas arranjar algo do que foi destruído durante a agressão americana e seguidos saques.
O documento foi elaborado por meio de 500 entrevistas e mais de 600 auditorias, inspeções e investigações, comenta o New York Times.

Fonte Agência Prensa Latina