Venezuela expulsa embaixador de Israel do país e aumenta a pressão sobre a comunidade internacional

A Venezuela anunciou nesta terça-feira, dia 6, a expulsão do embaixador de Israel em Caracas, Shlomo Cohen, em resposta à ofensiva militar deste país na Faixa de Gaza, disse o Ministério das Relações Exteriores por meio de um comunicado lido na televisão estatal. O governo venezuelano condenou fortemente as flagrantes violações do Direito Internacional pelo Estado de Israel, bem como o uso do terrorismo de Estado para castigar a um povo.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, comparou a situação na Faixa de Gaza ao Holocausto e pediu à comunidade judaica de seu país que condene a ofensiva de Israel na região, que já fez mais de 600 vítimas. Chávez lembrou que vivem na Venezuela tanto palestinos como israelenses, e que todos são bem quistos no país, mas ressaltou que a comunidade judaica precisa condenar o que qualificou como uma "barbaridade".

Chávez chamou ainda os soldados israelenses de "covardes". "São uns covardes, pois bombardeiam povos inocentes. Que tremendos soldados são, como são valentes os soldados de Israel", disse o presidente que classificou a situação em Gaza como um "genocídio realizado por um governo assassino, braço executor dos Estados Unidos". Chávez fez um apelo ao mundo árabe para que se coloque de pé contra o ataque de Israel e anunciou que entrou em contato com países do Oriente Médio e organizações internacionais para levar ajuda humanitária a Gaza. O Governo da República Bolivariana da Venezuela, mais uma vez presencia, juntamente com os povos do mundo, o horror da morte de crianças e mulheres inocentes, produto da invasão da Faixa de Gaza pelas tropas israelenses, e do bombardeio inclemente que, do céu e terra, o Estado de Israel derrama sistemamente sobre território palestiniano.

Veja a nota divulgada:

"Nesta hora trágica e indignante, o povo da Venezuela manifesta sua solidariedade irrestrita com o heróico povo palestiniano, comunga na dor que apreende a milhares de famílias pela perda de entes queridos e lhes estende a mão ao dizer que o governo venezuelano não descansará até ver severamente punidos os responsáveis por esses crimes hediondos.

O Governo da República Bolivariana da Venezuela condena veementemente as graves violações do direito internacional em que tem encorrido o Estado de Israel, e denuncia a sua utilização planejada do terrorismo de Estado, com o qual este país tem se colocado à margem do acordo das Nações.

Pelas razões acima expostas, o Governo da República Bolivariana da Venezuela decidiu expulsar o embaixador israelense e o pessoal da embaixada israelita na Venezuela, reafirmando a sua missão de paz e seu apelo ao respeito do direito internacional.

O Governo da República Bolivariana da Venezuela instruiu a sua Missão ante a ONU, para que, juntamente com a maioria dos governos que assim o reclamam, que se pressione para que o Conselho de Segurança aplique medidas urgentes e necessárias para deter esta invasão do Estado de Israel contra o território palestiniano.

Presidente Hugo Chávez, que manteve reuniões com altos representantes do Conselho Mundial Judaico, e sempre foi oposição ao anti-semitismo como a qualquer forma de discriminação e de racismo, faz um chamado fraterno ao povo judeu em todo o mundo para que se oponha a estas políticas criminosas do Estado de Israel que recordam as piores páginas da história do século XX. Com o genocídio do povo palestiniano, o Eatdo de Israel nunca poderá aferecer ao seu povo a perspectiva de uma paz necessária e duradoura."

Traduzido pro Dario da Silva

Fonte: http://dariodasilva.wordpress.com
Fonte original (Espanhol): http://www.pcv-venezuela.org/