Sem salário, trabalhadores terceirizados da UnB paralisam suas atividades

Mais de 900 trabalhadores da empresa ZL Ambiental, que desenvolvem serviço terceirizado de zeladoria, manutenção geral, parques e jardinagem para a Universidade de Brasília, estão de braços cruzados desde o último dia 10. O motivo é o não pagamento do salário de fevereiro. “Os trabalhadores sempre tiveram problemas com a ZL Ambiental. Ela nunca encaminhou os direitos dos trabalhadores, como adicionais de insalubridade, por exemplo”, denunciou o diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Mauro Mendes.

Nesta quinta-feira (12), cerca de 700 terceirizados participaram de uma passeata entre a Prefeitura do Campus e a Reitoria da UnB em protesto contra o atraso no pagamento dos salários. Os trabalhadores entregaram ao reitor da universidade, José Geraldo de Sousa Jr, um documento para oficializar a paralisação dos serviços prestados à universidade. Mais de R$ 1.400 milhões foi repassado à ZL Ambiental no dia 2 deste mês pela UnB. Entretanto, o dinheiro destinado ao pagamento do salário dos trabalhadores não foi mais visto.

Para não sair no prejuízo, foi definido que os servidores entrarão com uma ação no Ministério do Trabalho para que a UnB faça novamente o pagamento dos salários. Enquanto isso, os terceirizados continuarão com os serviços paralisados. No dia 17, às 9 horas, os trabalhadores, organizados pelo Sintfub, realizarão nova assembléia, na Prefeitura do Campus.

Solidariedade

O Sintfub está promovendo uma campanha em solidariedade aos trabalhadores terceirizados e pede a doação de cestas básicas e alimentos não-perecíveis. As doações são recebidas na sede do sindicato (Campus Universitário – Asa Norte, Ed. Multiuso 1 Bloco C 1º andar).