Justiça intercedeu na autonomia Universitária e proibiu as Cotas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ

Foi com profunda indignação que a direção da Fasubra recebeu a noticia que a justiça intercedeu na autonomia Universitária e proibiu as Cotas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, esta instituição que, apesar dos desmandos do governo do estado com a falta de recursos para manutenção, ampliação e melhorias na estrutura, é modelo para muitas outras instituições em nosso país. A UERJ ficou conhecida por ser a primeira universidade publica a adotar o sistema de cotas.

Fazemos uma avaliação positiva destes ingressos por este sistema, que tem por estas reservas assegurado um espaço chave de formação, sendo esses alunos exemplos de utilização do espaço publico e são os que têm a melhor desenvoltura porque sabem reconhecer o ensino publico de qualidade que o estado vem prestando. O sistema de cotas foi aprovado em nossa instância máxima que é o Confasubra. Os delegados (as) neste referido congresso aprovaram por unanimidade essa posição, por acreditarem em melhores condições de inclusão social nessa situação de cotas. Os afros descendentes, comunidades indígenas, os deficientes físicos, os alunos oriundos de escolas publicas, todos eles tem nas cotas uma ferramenta para defender que as Instituições de ensino reflitam o quadro social de nosso país e assegure um mínimo de inclusão social.

Somos conscientes das dificuldades para ingressar-se em instituições de ensino público, por conta da escassez de vagas e do peso que os recursos financeiros estabelecem, distinguindo os candidatos por faixa de renda, e aumentando a desigualdade social em nosso país. Esse modelo de sociedade nós torna diferentes, pois as desigualdades e a inexistência de um estado socialmente qualificado para implementar um pais justo, igualitário para todos, age como instrumento para nos manter à margem de qualquer proteção social por parte do Estado. Até que alcancemos um patamar de justiça social, a Fasubra Sindical irá lutar, com toda sua força, para implementação e defesa de cotas raciais, de gênero e de classe.

No entanto a justiça burguesa, que está a serviço dos interesses dos detentores do poder, proibiu a utilização do sistema de Cotas. Com esta atitude, a justiça está tentando fechar os espaços para os pobres e pessoas que mais necessitam dos espaços públicos. Por isto afirmamos, nós da direção da Fasubra Sindical em conjunto com nossa base filiada iremos lutar contra mais esta injustiça da “justiça brasileira” que só da razão para a elite brasileira.

Não nos calaremos diante de tamanha insensatez, e junto com nossos sindicatos indicamos que devem ser feito atos de protestos, como os que já vêm ocorrendo na UERJ e no Rio de Janeiro, e orientamos que enviem moções pressionando a justiça e o governo estado, para que mantenham o sistema de cotas que vem dando certo há quase 10 anos, nas universidades estaduais do Rio de Janeiro Uma Universidade democrática e voltada para os interesses da sociedade, passa por sua Autonomia plena sem interferência da Justiça.

Por direção da Fasubra