Plenária da CONAE aprova moção de apoio ao pedido de impeachment de Yeda

A plenária final da etapa Porto Alegre da Conferência Nacional de Educação – CONAE aprovou moção de apoio ao pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius encaminhada pelo CPERS/Sindicato e pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais. Os servidores pediram a condenação da governadora por prática de crime de responsabilidade.

A segunda fase de debates da Conferência Nacional de Educação 2010 etapa Porto Alegre (CONAE), que teve início em 25 e 26 de junho, aconteceu no Centro Universitário Metodista, do IPA, na sexta-feira  10 de julho.

Participaram em torno de 200 pessoas nas atividades que ocorreram pela manhã e a tarde. O Coordenador de Imprensa da Assufrgs, Fabiano Porto participou como delegado da entidade.

Nesta segunda etapa, a discussão girou em torno das alterações, aprovações, supressões e substituições dos relatórios temáticos dos eixos II, III, IV, V e VI, que abordaram a formação e qualificação dos profissionais da educação, financiamento da educação, inclusão, entre muitos outros.

Pela manhã, foram debatidos os eixos II, III e VI, que trataram da inclusão nas escolas, da qualidade do ensino e da democratização do acesso à educação. Já no período da tarde, os debates foram em torno dos eixos IV e V, como a formação e valorização dos profissionais da educação e a qualidade da educação, gestão democrática, educação infantil, educação superior e educação de jovens e adultos.

Decisões
Entre as decisões, foi aprovado a substituição do termo profissional da educação, por trabalhadores da educação; os textos passam a usar linguagem inclusiva, como, por exemplo, os(as) alunos(as), e será substituído o termo homossexual por população LGBT.


Também foram aprovadas as seguintes moções:
– Repúdio ao boicote da Secretaria Estadual de Educação à CONAE;
– Repúdio ao pedido de inconstitucionalidade da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional para os professores, liderada por Yeda;
– Repúdio às ameaças e ataques ao Plano de Carreira do magistério gaúcho;
– Repúdio a repressão ao movimento dos educadores por parte do governo do estado, como o corte de ponto da greve realizada no ano passado e cessação da liberação de diretores de núcleos;
– Repúdio a violência praticada durante recente greve realizada na USP;
– Repúdio às políticas da SEC e do MEC que permitem a interferência do empresariado na educação pública, como o movimento Todos pela Educação e a Agenda 2020.


Com informações do Cpers e Gerson Brisolara
Com fotos de Rafaela Haygertt e Gustavo Nunes