Trabalhadores e estudantes da Ufrgs participam da caminhada pelo Impeachment de Yeda

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Após a Assembléia os servidores, os  estudantes e os funcionários da Assufrgs sairam em passeata para encontrar os outros movimentos que vinham do Palácio da Polícia. O Encontro foi na praça Argentina e formou uma caminhada unica.

A jornada nacional de lutas reuniu milhares de pessoas nesta sexta-feira 14, em Porto Alegre. Desde o clarear do dia, os manifestantes começaram a se reunir em diferentes pontos da capital gaúcha. Os servidores públicos, organizados no Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, concentraram-se em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o Julinho, para pedir o imediato afastamento da governadora Yeda Crusius (PSDB).

Por volta de 9 horas, o grupo deixou as imediações do Julinho em direção ao Palácio da Polícia, na esquina formada pelas avenidas Ipiranga e João Pessoa. Nove bonecos em tamanho natural, representando os nove indiciados pelo MPF foram algemados e levados até a porta principal do Palácio.

Do Palácio da Polícia a manifestação pelo Fora Yeda – Impeachment Já! seguiu em direção a outro palácio, o Piratini. Antes de chegar ao centro da cidade, a passeata ganhou a adesão de estudantes e técnico-administrativos da UFRGS.

Na Praça da Matriz, servidores e estudantes juntarem-se aos trabalhadores de outras categorias, organizados pelas centrais sindicais. O afastamento de Yeda foi pedido através de faixas e palavras de ordem e n as falas dos dirigentes sindicais, de partidos e deputados presentes ao ato.

Provocação

A presença de 37 manifestantes pró-Yeda em frente à Assembleia foi considerada provocação por parte dos organizadores da marcha que pede o afastamento da governadora. “São meia dúzia de gatos pingados que estão aqui para provocar”, afirmou o professor Gerson Matias.

BM restringe liberdade de expressão

O comando da Brigada Militar convocou forte aparato de segurança e impôs medidas de restrição à liberdade de expressão nas manifestações desta sexta-feira (14), em Porto Alegre. O Palácio Piratini foi cercado por soldados da corporação e foram proibidos cartazes com dizeres considerados "ofensivos" à Yeda Crusius.

O comandante-geral da BM, coronel João Carlos Trindade, mobilizou um efetivo de 350 a 400 policiais. Durante a madrugada, no Parque Harmonia, cartazes com palavras de ordem contra a governadora, de cerca de seis metros de altura, foram retiradas dos manifestantes. A atitude gerou protestos e foi considerada arbitrária e autoritária. Duas barreiras foram montadas na entrada de Porto Alegre — uma na Avenida Castelo Branco e outra próxima ao aeroporto.


Ato em frente à FIERGS pela Jornada Nacional de Lutas

Ainda pela manhã, antes do ato na Praça da Matriz, foi realizado um ato em frente à Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). A mobilização reuniu cerca de mil trabalhadores e integrou a Jornada Nacional Unificada de Lutas.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão assuntos que vão à votação no Congresso Federal nos próximos meses, como a redução da jornada de trabalho sem a redução de salário e o fim do fator previdenciário.

A Jornada Nacional Unificada de Lutas é organizada pela CUT, CGTB, CTB, Força Sindical, NCST, UGT, Intersindical, Assembleia Popular, Cebrapaz, CMB, CMP, Conam, FDIM, Marcha Mundial das Mulheres, MST, MTD, MTL, MTST, OCLAE, UBES, UBM, UNE, Unegro/Conen, Via Campesina, CNTE, Círculo Palmarino e Consulta Popular.

Fonte: Katia Marko, com informações de João dos Santos e Silva (CPERS/Sindicato) e Daiani Cerezer (CUT-RS)

Fotos Luis Henrique Silveira -Engenho Comunicação e Arte