Fasubra e Assufrgs incluem as propostas do projeto da Universidade Cidadã nos debates sobre PNE

A Fasubra e Assufrgs participaram do Encontro da Região Sul que debateu as diretrizes do segundo Plano Nacional de Educação (PNE 2011 a 2020), que ocorreu em Porto Alegre na quinta e sexta-feira (22 e 23/10). Durante os dois dias, deputados federais, gestores de educação, professores e especialistas reunidos na Faculdade de Direito da UFRGS (Av. João Pessoa, 80) debateram as prioridades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná para o PNE.

Pelo GT Educação da Fasubra estavam Fabiano Porto, do GT Educação da Assufrgs, Teresinha Ceccato e Enaura Simas Graciosa, do GT Educação do Sintufsc, Nilce Corrêa e Dulce de Lima Bernardo Machado, do GT Educação Sintuferj. Pela Assufrgs também participaram os coordenadores Joana de Oliveira, Maria de Lourdes Ambrosio, Rosmari Cabreira, pelo conselho de delegados, e Luiz Francisco Alves (Chiquinho).

Para Fabiano Porto a discussão foi muito de especialistas e não teve debate e só apresentação das propostas. “A mesa sobre Educação Superior foi vinculada a educação profissional, no mesmo bloco e na composição das mesas não se contemplou as opiniões diferenciadas das entidades, como a Andes e a Fasubra.”.


Enaura

Para Enaura Simas o encontro também não foi o que ela esperava. “Nossa preocupação é que o PNE não se transforme num plano elitizado. Estou sentindo a ausência de muitas áreas da educação, como os acadêmicos, professores e entidades da área profissional, como a Andes e a Fasubra, nas mesas de discussão”. Além disto, Enaura também falou que o Projeto de Lei 7396/06 (que está anexado ao PL 4212/04) que é o Projeto de Universidade Cidadã para os Trabalhadores da Fasubra, não entrou nem na discussão.

Por este motivo o GT Educação da Fasubra está participando desses encontros promovidos pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal. O evento já ocorreu em Cuiabá, Belo Horizonte e Natal e após Porto Alegre, será a vez de Palmas (TO) e Salvador (BA) encaminharem suas sugestões para uma grande conferência nacional que será realizada em Brasília, no início de dezembro.


Dulce e Nilce

“Definimos que vamos tentar colocar em cada regional as nossas propostas”, explicou Dulce. No entanto, ela avalia que este processo é muito difícil pois no final das discussões divididas em quatro temas (Qualidade da Educação, Valorização Profissional, Gestão e avaliação da Educação e financiamento da educação) tem-se que apontar duas prioridades. “Só num grupo foram 22 propostas, para ser reduzidas a duas”, questionou.

A preocupação da coordenadora da etapa estadual da Conferência Nacional de Educação (Conae), Márcia Adriana de Carvalho, representante da Undime-RS, era que estas propostas para fazerem parte da Conae precisam ser encaminhadas por uma entidade e apresentada na etapa estadual que será nos dias 21 e 22 de novembro.

Conforme a presidente da Comissão de Educação, deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), o PNE será trabalhado de forma integrada à Conferência Nacional de Educação (Conae), cujas etapas estão em andamento nos municípios e estados de todo o Brasil. “Se a Conae não apresentar propostas teremos grandes dificuldade e se a Câmara não aprovar o PNE também teremos grandes dificuldades. Aqui é um momento de encontro da Comissão de Educação da Câmara com a sociedade brasileira”, observou.