Ato Público dos servidores públicos estaduais exigiu a retirada dos projetos

Na manhã desta terça-feira, 1º de dezembro, cerca de cinco mil servidores públicos ligados ao CPERS/Sindicato, ao Fórum dos Servidores Públicos Estaduais e às entidades da área de segurança, realizaram um ato público unificado, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. Com palavras de ordem, as entidades exigiram que o governo do estado retire, da Assembleia Legislativa, projetos que cortam direitos conquistados pelas categorias da educação e segurança.

O presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, saudou todos os servidores presentes na manifestação. “Precisamos de um serviço público de qualidade e de melhores condições de trabalho para os servidores”, disse o dirigente cutista que acredita que se os servidores iniciarem uma greve terão apoio de diversas outras categorias. “Só com muita luta e mobilização vamos conquistar nossas vitórias”, concluiu.

A necessidade da unidade dos servidores para derrubar os projetos da Yeda foi ressaltada na manifestação do presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do RS (Simpe-RS) e secretário de Relações de Trabalho da CUT, Alberto Ledur. “Essa união que estamos tendo hoje, derruba o projeto e derruba esse governo”, declarou. Para o diretor do SEMAPI e secretário de Meio Ambiente da CUT-RS, Paulo Mendes Filho, a luta dos servidores está apenas começando: “Nós iremos manter essa unidade e dizer não ao projeto da maldade que a Yeda mandou para a Assembleia.”

O presidente da União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores, Investigadores, Rádio-telegrafistas e Mecânicos (UGEIRM/Sindicato), Isaac Ortiz, afirmou que o salário dos policiais no Rio Grande do Sul é um dos mais baixos do país. “E a governadora ainda quer mexer nos nossos direitos! Nós não podemos permitir isso. A maior covardia de um homem é a omissão, nós não vamos nos omitir, porque servidor público não é covarde”, sentenciou Ortiz.

Já o presidente da Associação dos Servidores de Nível Médio da Brigada Militar (Abamf), Leonel Lucas Lima, contou que a maioria dos policias militares que estavam fazendo a segurança do ato, ligaram ontem, afirmando que gostariam de estar participando da mobilização, porém, o Comandante não havia permitido. “O governo pode impedir a participação dos colegas no ato, mas não vai nos calar, nem impedir a derrubada dos projetos que só maltratam os servidores”, afirmou o soldado.

Durante o ato, a Assembleia Legislativa confirmou a retirada do regime de urgência para a votação dos projetos, que estão em tramitação no parlamento.
Encerrando as manifestações das entidades, a presidente do CPERS/Sindicato, Rejane Oliveira, disse que apenas a retirada do regime de urgência não é suficiente. “Queremos a retirada dos projetos. Essa governadora colocou as duas mãos nos cofres públicos e agora quer colocar as mãos nos nossos direitos, porque atendemos a população mais carente”, acredita.

Rejane também declarou que os servidores públicos são responsáveis pelo desenvolvimento do Estado. “A formação de todos passa pela educação, só a Yeda não sabe disso. E se os projetos não forem retirados da Assembleia, o Rio Grande do Sul, vai parar”, finalizou.

No encerramento do ato, os servidores cantaram a música “Prá não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré e o Hino Riograndense de mãos dadas. Após representantes das entidades de servidores públicos se dirigiram à Assembleia Legislativa para participar de uma reunião com os líderes das bancadas, onde entregam um ofício com a posição das entidades, exigindo a retirada dos projetos.

Categorias mobilizadas
Entidades ligadas à segurança encontram-se em assembleia permanente. Já os servidores do Judiciário e do Ministério Público definiram, em assembleia realizada no último dia 27, pelo estado de greve.

Professores e funcionários de escola estão em estado de greve desde o dia 20 de novembro, quando a categoria reuniu-se em assembleia geral. No dia 9 de dezembro, às 13h30, no Gigantinho, em Porto Alegre, a categoria volta a se reunir em assembleia.

Por CUT-RS