Nova licitação da Reitoria pode deixar 800 colegas sem ressarcimento do auxílio saúde

A novela não termina. Quando todos pensávamos que, após a publicação da Portaria nº 3 do Ministério do Planejamento, a situação de nosso plano de saúde estaria resolvida voltou tudo a estaca zero.

A reitoria chamou a Assufrgs e Adurgs e comunicou que com esta portaria o problema estava resolvido. Que faríamos uma campanha de esclarecimento a categoria e em seguida uma nova consulta. No entanto, a Adurgs, não se sabe defendendo que interesses, foi contrária a esta decisão. E seguiu fazendo pressão sobre a reitoria e acabou obtendo êxito.

No final do ano passado, novamente fomos convidados a uma reunião na reitoria para que nos comunicassem que mudaram novamente de opinião. Segundo as palavras do vice-reitor, reafirmada na reunião do Conselho Universitário, será feita nova licitação, porque tramita uma ação no Supremo que pode nos causar problemas no futuro.
A Assufrgs entende que esta posição da reitoria não tem nenhuma base na realidade. Esta ação tramita desde 96. A grande maioria dos servidores federais (700 mil) tem convênio, portanto, é quase impossível uma vitória dos planos privados no Supremo. Mas está foi a desculpa que a reitoria deu.

A Reitoria solicitou a Assufrgs a indicação de um representante para a comissão que vai analisar o processo de licitação. Em virtude do fracasso das cinco licitações e que a portaria nº3 continua em vigor, conforme deliberação de Assembleia a Assufrgs mantém sua posição em relação ao convênio e o ressarcimento e não irá indicar nenhum representante.

Conquista da greve de 2007
Nós técnicos conquistamos o direito a auxílio saúde na greve de 2007. De lá para cá passamos pelo vexame de várias (quatro) licitações desertas por boicote de planos de saúde que exigiam melhores “condições”, para apresentar uma proposta. Quando apresentaram (na quinta licitação) era tão absurda que a Ufrgs sequer considerou como séria.

Portanto, a comunidade se encontrava diante de um impasse: uma parte da categoria queria contrato, acreditando que assim manteriam um plano antigo da Unimed e outro setor (majoritário entre os técnicos) queriam um plano mais barato que coubesse em seu bolso.
Assim a reitoria manteve até agora, o contrato antigo e o ressarcimento para outros planos. Mas, todos sabíamos que era uma situação transitória, já que a Ufrgs não poderá mais manter o contrato da Unimed.

Em julho do ano passado, o Ministério do Planejamento publicou a Portaria nº3 que autorizava duas modalidades para o pagamento do auxílio. Uma seria convênio e outra o ressarcimento. Isso resolvia todos os nossos problemas. A Ufrgs optaria por convênio e todos os colegas que optassem por outros planos, Unimed, Golden Cross, Associação dos Servidores Públicos etc.. seriam ressarcidos.

Quanto ao antigo contrato da Unimed, a Assufrgs estava estudando uma alternativa criada por trabalhadores do TCU (que ironia) para administrar seu plano, que foi a criação de uma associação civil constituída com a finalidade de assegurar a assistência médica, hospitalar, ambulatorial, farmacêutica e odontológica aos asssociados e seus dependentes.

Mobiliação em março
No início de março faremos uma Assembleia e temos que avaliar se entramos com denúncia no Ministério Público, pois a justificativa da reitoria é um pré julgamento sobre uma ação que, como tantas outras, estão se arrastando nos corredores longos da justiça brasileira. Pois, além de injusta é pouco solidária com aquelas centenas de colegas que tem planos mais baratos – não porque querem, mas porque é o que podem pagar.

Veja a situação dos servidores com Planos de Saúde

Planos Diversos 702

Plano Unimed 3779

Total 4481