O Senado espanhol aprovou a Lei Orgânica de Saúde Sexual e Reprodutiva “a lei do aborto”.

O Senado espanhol aprovou ontem a Lei Orgânica de Saúde Sexual e Reprodutiva e a de Interrupção Voluntária da Gravidez, conhecida como "lei do aborto". Entrará em vigor quatro meses após a publicação no Diário Oficial.

No dia 17 de dezembro, o Câmara dos Deputados espanhola adotou a ampliação da lei do aborto, contra a qual setores conservadores e católicos se mobilizaram durante meses. A lei, agora definitiva, libera o aborto até a 14ª semana de gestação, um prazo maior que em alguns países europeus, e até a 22ª semana caso exista risco para a saúde da mãe ou se houver má formação do feto. Após a 22ª semana o aborto poderá ocorrer se for detectada uma doença grave ou incurável no feto.

A atual lei, em vigor desde 1985, permite o aborto durante as primeiras 12 semanas por estupro, durante as 22 primeiras por má formação no feto e não possui limite em caso de “perigo para a saúde física ou psíquica da mãe”, o que possibilitava abortos em fases avançadas da gravidez.

E no Brasil? Nunca mais se falou do projeto, que era bem mais tímido que o espanhol. Milhares de mulheres (pobres, é preciso frisar, porque quem tem dinheiro vai a clínicas privadas) vão continuar morrendo a cada ano.

Com informações da AFP