Votação do projeto que “vende” o Morro Santa Tereza vai ser votado amanhã (9/6)

O deputado estadual João Fischer, fixinha (PP) deu o tom de como deve agir a maioria governista na votação do PL 388 nesta quarta-feira (9), que poderá entregar para a iniciativa privada os 74 hectares do Morro Santa Teresa, em Porto Alegre. Em função do regime de urgência, o projeto passa a trancar a pauta de votação, caso não seja apreciado. Os trabalhadores, moradores e ambientalistas alertaram: quem votar a favor, vai pagar a conta nas eleições. Nesta quarta-feira (9), trabalhadores da Fase e população em geral estão convocados para tentar barrar o PL 388, com pressão total dentro da Assembleia Legislativa.

O projeto não garante proteção aos 23 hectares de preservação ambiental, não prevê a regularização da moradia às cerca de 20 mil pessoas que moram no local e não aponta aspectos técnicos para a realização das melhorias para a Fundação de Atendimento Sócioeducativo (Fase), motivo do PL 388. O local também possui prédios históricos, construídos perto do ano de 1900.

Protesto cobrou retirada do regime de urgência

O protesto desta terça-feira (8) pela retirada da urgência foi marcado por uma vigília do Semapi em conjunto com entidades que integram o Fórum Estadual dos Servidores Públicos. Um acampamento em frente à Assembleia Legislativa ficará montado na Praça da Matriz até a votação do projeto. O objetivo é mostrar aos deputados que a sociedade repudia a pressa em negociar uma área com a desculpa de melhorar a situação dos adolescentes que cumprem medidas sócioeducativas na Fase.

Estudantes e moradores das comunidades se somaram ao protesto em frente à AL depois de uma caminhada que começou na Usina do Gasômetro. Pouco mais de 10 fichas foram distribuídas para os moradores, Semapi e ambientalistas conversarem com os líderes partidários, antes da reunião que ocorre para definir os projetos que serão votados.

Fonte Semapirs