GT Antirracismo participou do Seminário Nacional DST/AIds e Saúde da População Negra

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A saúde da população negra foi o tema principal do V Seminário Nacional Lai Lai Apejo, realizado na capital gaúcha em junho, nos dias 28, 29 e 30, no Hotel Continental. O objetivo do evento, que significa “Encontro Para Sempre” em expressão Iorubá, reflete os desafios enfrentados pela população negra frente à epidemia de HIV/Aids. Lai Lai Apejo reuniu ativistas do movimento negro, lideranças afro-religiosas, gestores e técnicos de saúde, conselheiros de saúde e integrantes do Fórum Ong Aids durantes os três dias com finalidade de estabelecer um diálogo entre Sociedade Civil e o Governo.

A programação consistiu em debates, palestras, mini-conferências e apresentações culturais. Os temas abordados durante o seminário foram: “Análise de Conjuntura: Políticas Públicas de Saúde no Brasil e no Mundo”, além de “Produção de Conhecimento Científico – População Negra e HIV/Aids”, “Homens que fazem sexo com homens” e “Experiências em HIV/Aids e População Negra”.

Pelo GT Antirracismo da Assufrgs participaram Maria de Lurdes Ambrosio (Lurdinha), Joana Oliveira e Nara Costa. Para Lurdinha foram muito boas as palestras, devido aos depoimentos das pessoas, principalmente a Professora de Mocambique que fez sua tese sobre este tema. Joana também achou muito produtivo os depoimentos sobre como se prevenir da AIDS. “As pessoas acham que nunca vai acontecer com elas, mas quando você houve os depoimentos a coisa muda de figura”, explicou.

Joana destacou também que o seminário definiu como encaminhamento que o Governo tem que ter uma política pública de saúde específica para o povo negro. “Os representantes do Governo que estavam no seminário defendiam que não era necessário haver uma política, que a saúde da população negra pode ser tratada dentro das políticas gerais de saúde, no entanto, a população negra tem questões específicas como a anemia falciforme e a hipertensão”, destacou Joana. Para Nara Costa embora o evento fosse bem focado nas questões de Aids, que não é uma doença só de negros, foi abordada a questão da Anemia Falciforme. “Hipertensão não foi aprofundado, mas o evento em geral foi muito bom, com muitos depoimentos”.

A organização do evento foi da Associação Cultural de Mulheres Negras/ACMUN e Rede Nacional Lai Lai Apejo.