Vice-Reitor diz que Reitoria é contra a terceirização

Tendo em vista que em julho de 2010, o MEC através dos decretos 7232, 7233, e 7234 informou que os reitores das IFES têm “autonomia” para deliberar sobre abertura de concursos para os cargos que ocorreram vacância por morte ou aposentadoria, o GT Segurança da Assufrgs solicitou uma reunião com a Reitoria, na segunda-feira (8/11).

O GT segurança da Assufrgs organizou um dossiê com vários documentos e estudos que apontam que muitos cargos constante no oficio N° 100 do MEC, que relaciona os cargos extintos através da lei 9.632/98, não estão extinto e, neste sentido, poderão ter concurso.

O coordenador geral da Assufrgs, José Luis Rockenbach (Neco), iniciou ponderando a cerca da terceirização de todos os setores da UFRGS e a importância de abertura de concurso para todos os cargos que não estão extintos.

Nesta audiência, entre a Assufrgs e a Administração, o vice-reitor, Rui Oppermann, declarou que a Reitoria é contra a terceirização, e que o reitor Carlos Alexandre esta disposto a abrir concurso. “A terceirização só onera os cofres das IFES e dentro da Associação Nacional dos Dirigentes da Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) temos defendido concurso para diversos cargos”, explicou.

No entanto, deixou claro que o MEC tem que enviar um oficio informando quais os cargos que realmente não estão extinto. “Se neste oficio estiver o cargo de vigilante, motorista e outros o reitor abrira concurso imediatamente”, afirmou.

O pró-reitor de Gestão de Pessoas, Maurício Viegas se colocou a disposição de levar as reivindicações e cópias dos documentos  para a comissão de RH da Andifes, pois eles se reuniram na quinta feira dia 11/11/2010 e ele é membro desta comissão, ficando de dar retorno para a Assufrgs.

O dossiê entregue pelo coordenador de esporte cultura e lazer e do GT Segurança da Assufrgs, Mozarte Simões, era composto de uma nota técnica da assessoria jurídica do senador Sérgio Zambiasi, um estudo da UFRRJ, um estudo elaborado pelo GT Segurança em conjunto com o assessoria jurídica da Assufrgs e o edital de abertura de concurso em 2005, para os IFETS e EAFS, com vários cargos que o MEC informou que estão extinto.

Em outro documento, consta a nomeação de um vigilante para uma escola agronômica federal em 2006 e um oficio do reitor da UFPE solicitando ao MEC abertura de concurso para vaga de um vigilante que se aposentou naquela universidade.

Os servidores da segurança da Ufrgs, Rogério Fonceca e Jossoel Medeiros, destacaram a importância do vigilante orgânico, e que a grande rotatividade dos terceirizados, causa mais sensação de insegurança na comunidade acadêmica. Eles informaram que apesar do grau de periculosidade das ocorrências enfrentadas pelos segurança orgânicos a idade média dos vigilantes da UFRGS é em torno de 50 anos.

Publicação solicitada pelo coordenador Mozarte Simôes

postado por Luis Henrique Silveira 11:28     12/11/2010