A Guerra Imposta aos Árabes desde 1948

A Questão Árabe


Conforme material redigido por Emir Sader em seu blog, por duas fortes razões o Oriente Médio tornou-se um pilar da política externa do império norte americano: a necessidade estratégica do abastecimento de petróleo seguro e barato para os EUA, a Europa e o Japão, e a proteção a Israel – aliado fundamental dos EUA na região, cercado por países árabes.


Por isso o surgimento do nacionalismo árabe tornou-se um dos fantasmas mais assustadores para os EUA no mundo. Por um lado, pela nacionalização do petróleo pelos governos nacionalistas, afetando diretamente os interesses das gigantes do petróleo – norteamericanas ou europeias –, pela ideologia nacionalista e antimperialista que propagam – de que o egípcio Gamal Abder Nasser foi o principal expoente – e pela reivindicação da questão palestina.


A história contemporânea do Médio Oriente tem assim na guerra árabe-israelense de 1967 sua referência mais importante. A união dos governos árabes permitiu a retomada da reivindicação do direito ao Estado Palestino, que foi respondida por Israel com a invasão de novos territórios – inclusive do Egito – com o apoio militar direto dos EUA.


Novo conflito se deu em 1973, agora acompanhado da política da OPEP de elevação dos preços do petróleo. A partir daquele momento ou o Ocidente buscava superar sua dependência do petróleo ou trataria de dividir o mundo árabe. Triunfou esta segunda possibilidade, com a guerra Iraque-Irã, incentivada e armada pelos EUA, que golpeou dois países com governos nacionalistas, que se neutralizaram mutuamente, em um enfrentamento sangrento. Como subproduto da guerra, o Iraque se sentiu autorizado a invadir o Kuwait – com anuência tácita dos EUA -, o que foi tomado como pretexto para a invasão do Iraque e o assentamento definitivo de tropas norte-americanas no centro mesmo da região mais rica em petróleo no mundo.


Os EUA conseguiram dividir o mundo árabe tendo, por um lado os regimes mais reacionários – encabeçados pelas monarquias, a começar pela Arabia Saudita, detentora da maior reserva de petróleo do mundo, e por outro governos moderados, como o Egito e a Jordânia. A maior conquista norteamericana foi a cooptação de Anuar el Sadar, o sucessor de Nasser, que supreendentemente normalizou relações com Israel – o primeiro regime da região a fazê-lo -, abrindo caminho para a criação de um bloco moderado, pró-norteamericano na região, que se caracteriza pela retomada de relações com Israel – portanto o reconhecimento do Estado de Israel – e praticamente o abandono da questão palestina. Passaram a atuar também dento da OPEP, como força moderadora, favorável aos interesses das potências ocidentais.


O Egito, como país de maior população da região, com grande produção de petróleo e país daquele que havia sido o maior líder nacionalista de toda a região – Nasser – passou a ser o peão fundamental no plano político dos EUA na região. Não por acaso o Egito tornou-se o segundo país em auxilio militar dos EUA no mundo, depois de Israel e à frente da Colômbia.


Essa neutralização do mundo árabe, pela cooptação de governos e pela presença militar dos EUA no coração da região – atualizada com a invasão do Iraque – constituiu-se em elemento essencial da politica norteamericana no mundo e da garantia de abastecimento de petróleo para complementar a declinante produção dos EUA e todo o petróleo para abastecer a Europa e o Japão.


É isso que está em jogo agora, depois da queda das ditaduras na Tunísia e no Egito. Impotente para agir de forma direta no plano militar, os EUA tentam articular transições que mudem a forma de dominação, mas mantenham sua essência. O Exército preferiu a renúncia de Mubarak, porque se deu conta que sua presença unia a oposição. Tem esperança que, sem ele, possa cooptar setores opositores para uma coalização moderada – com El Baradei, a Irmandade Mulçumana, com o apoio dos EUA e da Europa – que possa fazer reformas constitucionais, mas controlar o processo sucessório nas eleições de setembro, conseguindo desmobilizar o movimento popular antes que este consigar forjar novas lideranças.


Indepentemente de que possa se estender a outros países da região – de que a Argélia, a Jordânia, o Marrocos, a Arábia Saudita, são candidatos fortes – a queda das ditaduras na Tunísia e no Egito demonstra que os EUA já não poderão manter o esquema de poder montado há mais de três décadas. O menos que se pode esperar é a instabilidade política na região, até que outras coalizões de poder possam se organizar, cujo caráter dará a tônica do novo período em que entra o Oriente Médio.



Os interesses de Israel


A matéria divulgada em 23 de fevereiro no site http://www.iarnoticias.com nos auxilia na compreensão da conjuntura atual. A mesma imprensa internacional que protegeu e permanece calada aos massacres de Israel na Gaza e no Líbano que silencia frente aos genocídios dos E.U.A. e a "aliança ocidental" no Afeganistão, Iraque, Paquistão e as áreas de petróleo na África, não economiza munição pesada para condenar o "genocídio brutal" de Kadafi.


Na realidade não é o "o povo" Líbio, mas grupos de operação que alavancam as revoltas, com armamentos, treinamentos e financiamento da CIA, do Mossad israelita e dos "aliados" da Europa.


"O líder de Lybian que Muammar Kadafi agarrou o poder na terça-feira ao ter o apoio fechado de um exército leal que foi feito com o controle do capital, em um momento em que uma parte importante do leste do país parecia ter caído debaixo do controle da oposição" porta-voz financeiro do império norte americano no Wall Street Journal.


A informação é coincidente com as agências e cadeias internacionais sionistas (golpistas contra Kadafi), que coincidem em seu discurso contra o genocídio líbio, que espreme "a sangue e incendeia" às manifestações contra seu poder militar.


Enquanto Washington e a CIA, infiltrando e mobilizando grupos de protestos de rua, Kadafi nas ruas enfrentou a revolta para evitar a infecção antes que fosse tarde. Na lógica da ação e reação, e sem entrar em falsos moralismos de idealização, os imperialistas armaram um golpe súbito para derrubar o presidente dos Líbios, mas não consideraram o aparato militar Líbio. Portanto, a primeira fase norte americana e israelita falhou.


Agora, a fase que continua, a operação de isolamento e condenação internacional para o regime de Kadafi, é um procedimento localizado, uma ação manual. O que sempre espanta é que até mesmo a esquerda mais "civilizada" e seus teóricos, embutidos da ideologia "democrática" do sistema de domínio capitalista imperial, se arvora e "condena" Hadaffi e se alinha ao eixo internacional EUA-Israel-Europa” contra o “ditador”.


Reforçando esta nova fase, a ONU, os governos capitalistas mundiais e organizações internacionais (com poucas exceções) legitimam com o silêncio as operações militares diárias de genocídio civil em massa no Leste, África e Ásia, e erguem as vozes indignadas para condenar o "matador” "ditador” da Líbia.


Está história acontece nas “revoluções laranja" armadas pelos imperialistas em rebeliões no sudeste asiático, "rebeliões reformistas" no Irã, que sustentam a subversão do regime dos aiatolás, por dentro. Seus objetivos são os mesmos que se sustentaram no modelo militar utilizado no Iraque, que a partir de uma instabilidade de sangue e fogo justifica uma intervenção dos EUA. Para enfrentar esta nova fase, A Líbia se fechou e se protegeu militarmente, colocando um cadeado à informação da imprensa sionista internacional.


Agora terão de resistir a outro momento: as operações diplomáticas e a ação mediática internacional para estrangular economicamente ao regime Líbio. Uma guerra onde o petróleo da Líbia poderá dividir o eixo sionista USA-Israel-UE e impedir sua ação.



A Líbia e o Povo Líbio


Antes mesmo de abordar a questão, conforme o site http://www.lbiqi.org, é preciso lembrar que o dirigente líbio tem sido ousado em seus choques com os representantes do capitalismo. Além de ter nacionalizado as empresas estrangeiras, enfrentou-se militarmente com o imperialismo em função do apoio à causa palestina. Em resposta, os EUA romperam relações com a Líbia, impuseram sanções econômicas ao país, retiveram capitais líbios em bancos norte-americanos e, em 1986, caças norte americanos bombardearam a capital Trípoli sob pretexto de destruir campos de treinamento terrorista. Além disto, a ONU impôs severas sanções econômicas ao país, entre elas o embargo aéreo, diplomático e ao comércio de armas. Em contrapartida, a Líbia garantiu importantes conquistas aos trabalhadores, tanto que o padrão de vida de seu povo é ainda hoje um dos melhores da África. Não é coincidência, portanto, a Casa Branca estimular os “protestos” na Líbia, alinhando-se com a oposição reacionária, assim como fizeram em Cuba na crise dos balseiros.


Pelo site www.workers.org, em artigo divulgado em 23 de fevereiro, a Líbia não é como o Egito. O líder Muammar al-Gadhafi não foi um marionete do imperialismo como Hosni Mubarak. Por muitos anos Gadhafi foi aliado de países e movimentos que lutaram contra o imperialismo. Quando assumiu ao poder em 1969 por uma luta militar, nacionalizou o petróleo de Líbia e usou muito daquele dinheiro para desenvolver a economia dos Líbios. As condições da vida melhoraram dramaticamente. Por isso, os imperialistas sempre quizeram destruir a Líbia; por exemplo, os Estados Unidos lançaram ataque a Trípoli e Benghazi em 1986, quando matou 60 pessoas, inclusive a filha pequena de Gadhafi, o que raramente é mencionado pelos meios de comunicação.

Depois que os EUA invadiu o Iraque em 2003 e destruiu grande parte de Bagdá com uma campanha de bombardeio, Gadhafi tentou proteger a Líbia de uma ameaça de agressão concedendo concessões políticas e econômicas grandes aos imperialistas. Ele abriu a economia a bancos e sociedades anônimas estrangeiras, consentiu demandas do FMI, privatizou muitas propriedades de companhias do estado e cortou os subsídios do governo.


Conforme artigo divulgado no site http://www.lbiqi.org, Mobilizações Pró-Imperialistas “sacodem” a Líbia, as redes de TV e as cadeias de imprensa ligadas ao imperialismo estão divulgando a luta de trabalhadores contra Kadaffi. Segundo estas, o pretenso foco dos protestos fica na cidade de Benghazi, a mil quilômetros a leste da capital. Segundo o Departamento de Estado norte americano, que referencia todas as notícias, informações “confiáveis” relatam haver “centenas” de mortos e feridos na Líbia: “Os Estados Unidos estão muito preocupados com os informes alarmantes e imagens procedentes da Líbia…Estamos investigando para confirmar os dados, mas recebemos muitos informes confiáveis que dão conta de que centenas de pessoas morreram ou ficaram feridas nestes dias de distúrbios, e que ainda não se conhece o número de mortos devido à falta de acesso da imprensa internacional e de organizações humanitárias”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley (G1, 20/02).


A mesma oposição feita pela direita pró-imperialista que ataca governos de Cuba e Venezuela está agora construindo na mídia um movimento por uma necessária “democratização do mundo árabe e pela defesa dos direitos humanos”, particularmente contra a Líbia de Muammar Kadaffi


No entanto, as agências não registram que na Praça Verde, no centro da capital Trípoli, milhares de pessoas se manifestaram portando fotos em apoio a Kadaffi. Conforme o site, por todos esses elementos, apesar das escassas informações disponíveis, está claro que os “protestos” em Benghazi se tratam de mobilizações reacionárias patrocinadas por forças políticas pró-imperialistas, com a imprensa burguesa mundial amplificando seu peso social e super-dimensionando a repressão estatal supostamente desferida.


As conclusões nos fazem crer que toda esta orquestração está voltada a debilitar o regime no lastro do “efeito do dominó” desencadeado pela suposta “revolução árabe”, tudo ao melhor estilo das manipulações midiáticas feitas contra Chávez na Venezuela quando da época do golpe de abril de 2002 desferido em nome da “democracia” e “contra o autoritarismo”. Os atuais defensores da democracia querem impor um outro regime, alinhado com a Casa Branca onde, na condição de novos donos do petróleo, negociem diretamente com as transnacionais sem a intermediação do Estado. A Líbia, como a Venezuela, é um país cuja economia baseada na produção de petróleo tem a exploração do óleo cru feita por uma empresa estatal nacional que controla as exportações, sendo desta fonte a principal receita estatal responsável por garantir a manutenção da conquistas econômicas no país. Há, portanto, uma similaridade econômica entre líbia e venezuelana.

 


O Que a Imprensa não Diz Sobre a Líbia – Ernesto Germano

 
Tenho acompanhado atentamente o noticiário sobre os acontecimentos na Líbia e, cada vez mais, impressiono-me com a capacidade da nossa imprensa “tão livre” para deturpar fatos, esconder dados e reproduzir apenas aquilo que os donos da informação desejam que seja divulgado. Não há isenção ou mesmo equilíbrio nas matérias. A velha regra de “ouvir as duas partes” parece ser sido esquecida pelos nossos jornalistas.

 
Em alguns jornais de 02/03, as notícias procuram mostrar o povo líbio como pobre e igualam as condições de vida às encontradas no Egito ou na Tunísia, países onde o povo foi para as ruas para derrubar o regime. Mas esta é uma comparação mentirosa!

 
A Líbia tem uma balança comercial superavitária, superando 27 bilhões de dólares por ano, e uma renda “per-capita” média da população equivalente a 12 mil dólares. Isto significa seis vezes a renda média do Egito, por exemplo! O país tem 6,5 milhões de habitantes, com um padrão de vida elevado para a região. Comprova isto o fato de cerca de 1,5 milhão de imigrantes viverem na Líbia, onde encontram trabalho e salário digno.

 
Aliás, este é um ponto curioso para analisarmos. Nos jornais de ontem, principalmente no Globo, vimos uma manchete dizendo que “milhares de imigrantes fogem da Líbia”. Ora, a notícia até seria interessante, para quem não tem um dado comparativo. Mas, se “milhares” fogem do país, o que significa isto se lá residem quase dois milhões de imigrantes?

 
Ainda tratando da economia líbia, os nossos jornais (tão preocupados com os leitores e a qualidade da informação) esquecem de dizer que a Líbia é um país de economia aberta. A empresa petrolífera italiana ENI realiza cerca de 15% das suas vendas a partir da Líbia, mas não é a única. Lá também operam outras “gigantes” como a BP, a Royal Dutch Shell, a Total, a Basf, a Statoil, a Repsol e muitas outras. A Gazprom (russa) também opera no país, com centenas de trabalhadores, e a empresa de petróleo chinesa tem mais de 30 mil funcionários trabalhando lá!

 
É verdade que Muamar Kadhafi já abandonou suas posições que o tornaram conhecido pela resistência ao imperialismo. Em 1969, quando assumiu o poder, iniciou uma política independente e nacionalizou o petróleo. Depois da guerra entre árabes e israelenses, ele liderou um boicote entre os países exportadores de petróleo contra os países que haviam apoiado Israel. Kadhafi modernizou seu país, criando universidades e novas indústrias, além de realizar um incrível projeto de irrigação fazendo surgir uma agricultura desenvolvida onde havia apenas areias do deserto. Em 1986 Ronald Reagan mandou bombardear a capital líbia. Em 15 de abril de 1986, Trípoli foi bombardeada por 13 modernos aviões dos EUA. O bombardeio terminou com a morte de Hanna, filha de Gaddafi, de 1 ano e 3 meses, e com outros dois filhos feridos. Hoje, o local ainda exibe os danos do bombardeio e a estátua foi erguida para relembrar o episódio.

        
Depois da Segunda Guerra do Golfo, Kadhafi começou a mudar sua política. Privatizou dezenas de empresas, aceitou a “receita” do FMI e abriu as fronteiras para as grandes empresas multinacionais. Começou neste momento a queda do país e a corrupção se alastrou! Mas é preciso deixar de lado as notícias falsas da nossa imprensa e fazer uma reflexão sobre os acontecimentos na Líbia. Comparar a crise atual e o movimento oposicionista com o que aconteceu no Egito ou na Tunísia é desconhecer a realidade. O que sabemos de concreto é que a oposição líbia surgiu em uma região onde há uma resistência muito grande ao clã Kadhafi. Mais do que isto, a Cirenaica é também a região onde operam as principais empresas multinacionais e onde estão os terminais de oleodutos e gasodutos do país. Ou seja, uma região que foi escolhida “a dedo” para ser o berço da “oposição”.

 
E esta informação tem ainda mais valor se ligarmos ao fato de que a chamada “Frente Nacional de Salvação da Líbia” é uma entidade financiada pela CIA (basta conferir no site do Congresso dos EUA e constatar que está na “folha de pagamentos” da Central). No dia 23 de fevereiro, o poderoso “Wall Street Journal” já tocava as trombetas da guerra ao estampar em suas matérias que “os EUA e a Europa deveriam ajudar os líbios a derrubar o regime de Kadhafi”. É preciso dizer mais?


 
Vou completar este texto com algumas informações que já passei em outras participações sobre o tema. Por que os nossos jornais tão “independentes” pararam de falar de outras revoltas populares (Bahrein, Iêmen, Argélia, etc.) e só comentam o que acontece na Líbia? Qual o interesse dos EUA nesta mudança, a ponto de seu governo anunciar, oficialmente, que está deslocando suas forças militares para a região e a secretária de Estado não descartar uma intervenção?


As revoltas populares na Tunísia e no Egito, derrubando governantes “capachos” dos EUA, foram duras, mas o governo de Washington parece suportar e preparar uma ?volta ao poder? por outros meios. Mas os dois países não afetavam o principal neste momento: a questão do petróleo! A Tunísia nunca exportou petróleo e o Egito parou de exportar há alguns anos (seus poços “secaram”). Aqui está a diferença, pois a Líbia exporta atualmente 1,6 milhão de barris por dia! E a “urgência” dos EUA para resolver a questão líbia é que as empresas petrolíferas que operam no país estão retirando seu pessoal técnico. Isto pode provocar uma nova crise de petróleo.


É verdade que os países europeus estocaram petróleo para o inverno. Mas… e se os estoques diminuírem? Lembrem-se que a Arábia Saudita também está passando por revoltas populares e em uma crise política séria. Em julho de 2008, antes da crise se espalhar pelo mundo, o barril de petróleo chegou a valer pouco mais de 147 dólares! Se o petróleo voltar a subir, na atual crise financeira mundial, o que restará aos EUA. Os EUA, com apenas 5% da população mundial, consomem 25% de todo o petróleo produzido no planeta e metade deste total é importado. As importações estadunidenses alcançam 11 milhões de barris diários, dos quais: 1,6 milhão do México; 2 milhões da Venezuela e o restante do mundo árabe. Pelo que, podemos ver, o país é fortemente dependente da importação do petróleo, seja lá de onde ele estiver, o que justifica as intervenções militares no Oriente Médio e em outras regiões do planeta. (Os dados são de 2008, quando escrevi um artigo sobre o tema, mas creio não estarem muito desatualizados)


Devemos assinalar que o dado mais importante, recentemente divulgado e confirmado pelas organizações internacionais que tratam do assunto, é que as reservas totais de petróleo do planeta chegam, atualmente, a 1 trilhão e 200 bilhões de barris. Ou seja, isto representa, neste momento, pouco mais da metade de todo o petróleo que a natureza produziu em milhões de anos e guardou no subsolo. E, obviamente, este petróleo vai se tornando cada vez mais caro, uma vez que as jazidas em locais de fácil exploração vão se esgotando. E, devemos ressaltar, os institutos e organismos internacionais mostram que 62% do petróleo que resta no planeta está no Oriente Médio.


Para encerrar, uma notícia do jornal Brasil Econômico: “Estoques de petróleo dos EUA recuam em 400 mil barris! As reservas da commodity atingiram 346,4 milhões de barris. Já os estoques de gasolina caíram em 3,6 milhões de barris na mesma base de comparação, ficando em 234,7 milhões. A utilização da capacidade das refinarias recuou para 80,9% nesta semana, face aos 79,4% na semana anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (2/3) pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês)”. É, parece que Obama & Cia estão com urgência em resolver o problema de “direitos humanos” na Líbia!

 

Texto de: Rui Muniz

Publicado por: Igor Corrêa Pereira