Por 14 votos a 11, DN da Fasubra delibera pela não deflagração da Greve

 

Por 14 votos a 11, DN da Fasubra delibera pela não deflagração da Greve

Por maioria simples de votos, a Direção Nacional da Fasubra decidiu suspender o Indicativo de Greve marcado para 25 de abril. A mesma plenária, que contrariando as decisões de base, deliberou pela suspensão do início da greve em 28 de março, também de forma inédita determinou que a decisão sobre o Indicativo em 25 de abril, fosse de responsabilidade da Direção Nacional.

O debate foi polarizado. Os grupos políticos que constituem a maioria (campo Cutista e CTB) consideram que a agenda sindical do governo foi um avanço e até uma vitória do calendário de mobilização a partir de dezembro. Acreditam que a luta está apenas começando, sendo a greve a última saída, conforme o desdobrar das negociações. O indicativo foi importante instrumento de pressão no governo e que mobilização é necessária como forma de garantir o cumprimento dos acordos. Consideram também a falta de mobilização que garantisse uma disputa, havendo a necessidade de uma maior articulação com os parlamentares, os outros servidores federais e principalmente a sociedade. Acreditam ainda que a qualidade da negociação, defendida por Duvanier, se dá fora do movimento grevista.

Os grupos que defendiam o início da greve em 25 de abril (VAL e Base) avaliaram que as reuniões não trouxeram nenhuma novidade ou garantia concreta. Acreditam que além da mobilização desde dezembro, o indicativo de greve foi o fator preponderante para abertura da agenda sindical. Destacam que em dezembro o reajuste salarial ainda em 2011 era um elemento fundamental para toda a categoria. Lembram que em 2007 os ID´s da Fasubra traziam o mesmo debate e apenas a greve garantiu os aumentos em 2008, 2009, 2010. Destacaram o condicionamento da negociação pelo MPOG que descarta o reajuste em 2011 e condiciona 2012 a qualidade da negociação e a disponibilidade orçamentária. Outro fator que justificaria o início da greve, trata-se do rompimento por parte do MEC dos consensos acordados dentro da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC). Duvanier disse que o MEC se referenciará nas resoluções da Conferência Nacional de RH, comprometendo a negociação sobre a racionalização dos cargos. Quanto a MP 520, nas palavras do ministro Haddad, essa questão trata-se de uma política de estado e o governo pretende votar e aprovar. Por fim lembram que durante o governo Lula nenhuma das reuniões tiveram resultado fora do período do greve. Portanto, a partir de todos os argumentos, defendiam o Indicativo de Greve a partir de 25 de abril.

Expostos os argumentos, por 14 votos contrários a 11 favoráveis, a Direção Nacional, por maioria simples, decidiu pela não deflagração da greve a partir de 25 de abril em virtude da agenda sindical do governo.

 

Por: Fabiano Rosa e Maribel Nunes – Coordenadores