Petroleiros fazem greve de 24 horas em 39 plataformas

São Paulo – Trabalhadores do setor de petróleo começaram uma greve de 24 horas no início desta quinta-feira em 39 plataformas para protestar contra uma redução de compensações de horas extras pela Petrobras, disseram sindicatos.

 Um representante da Petrobras disse que não havia interrupção na produção de petróleo e gás na Bacia de Campos, a mais importante em volume bombeado no país.

 O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, que representa os trabalhadores da Bacia de Campos, disse em sua página na internet que a greve, que começou pouco antes da 3 horas da manhã, chegou a interromper a produção das plataformas P-07 e P-15.

 O sindicato disse que as duas unidades foram desativadas pela gerência. Juntas, as duas plataformas produzem em média 12.300 barris de petróleo por dia, segundo a entidade. As outras 37 plataformas em Campos estariam produzindo, apesar da greve.

 Os trabalhadores geralmente mantêm uma equipe mínima para garantir a segurança das operações.

 A categoria protesta contra decisão da Petrobras de suspender o pagamento adicional por horas extras no repouso, segundo o sindicato.

 “Os trabalhadores embarcados e recebiam como se estivessem em terra. Esse cálculo por mais de 10 anos estava sendo feito errado”, disse o diretor da Federação Única dos Petroleiros, Francisco José de Oliveira, explicando que a empresa deixou de pagar uma correção desta diferença.

 A Petrobras afirmou que está aberta para o diálogo com os sindicatos mas não informou se havia negociações ativas sobre a compensação de horas extras.

 Em greves similares, de duração curta, no passado, a Petrobras conseguiu manter a produção em suas plataformas.

 Em maio, a Bacia de Campos produziu 82 por cento da produção total do Brasil, de 1,99 milhão de barris de petróleo por dia e 37 por cento da produção nacional de gás natural, de 74,9 milhões de metros cúbicos por dia. 

Cerca de 90 por cento da produção brasileira é realizada pela Petrobras.

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