​Nota de apoio​ do ​ Grêmio Estudantil do IFRS Campus Restinga à greve dos técnicos-administrativos

 

Nós da chapa Frente de Luta que hoje estamos a frente da gestão do Grêmio Estudantil do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, Campus Restinga, decidimos em expor nossa posição em relação a greve dos Técnicos do IFRS Campus Restinga e demais trabalhadores(as) da área da educação que estão em greve pelo país.

A greve dos técnicos e trabalhadores da educação em geral pelo Brasil é visto por nós como algo necessário, algo para sinalizar ao governo que sua gestão vai de mal a pior, principalmente quando assunto é ligado a trabalhadores(as) e estudantes, para dar um basta e cobrar antes que seja tarde.

Visto que os ajustes de Dilma e Levy são extremamente antidemocráticos, pois no momento que se decide apenas entre os que governam algo que vai pesar sobre todos(as), e não é feita uma consulta sobre isso, ou maneiras de não atingir quem desde sempre tem de lutar por direitos básicos, quando na verdade deveria ser algo simples: estudantes e trabalhadores terem cada vez mais direitos, condições de estudo e trabalho, mais auxílios e remuneração, entre tantas outras coisas que deveriam ser óbvias para um governo que vem de um partido que se diz dos trabalhadores. Achamos que a greve não é apenas necessária, é a solução!, pois se não pararmos frente aos descasos dos governos agora, pararemos o dia que escolas e faculdades não funcionarem mais por falta de condições estruturais, de remuneração dos profissionais, de políticas que consigam manter os/as estudantes dentro destas instituições.

A nossa chapa acredita também que a greve é uma forma de lembrar a nossa presidenta de que o lema de sua campanha foi: ‘Brasil, pátria educadora’, realmente sabemos que ‘foi’, mas na pratica não é, pois como pode ser educadora a pátria que faz o seu maior corte de “gastos” na pasta da educação?
Cortar 9 bilhões da educação para nós não é educador, mas sim um ataque, e principalmente uma prova de falta de palavra de quem se comprometeu a fazer mais pela educação. Além de cortar esses 9 bilhões fez cortes no FIES, fez o/a estudante de palhaço(a) dizendo que o site estava com problemas quando, na verdade, preparava um presente nada feliz para todos(as), quando o site ou presente foi aberto estava a surpresa, ele estava e está cortado. Além disso, afetou também o direito dos trabalhadores, com mudanças drásticas no seguro-desemprego.

Quem vem de um partido que se diz dos trabalhadores(as) e mexe nos seus direitos, quem corta 9 bilhões da educação mas isenta Igrejas em 200 milhões por acordos políticos sujos, quem se alia a partidos que defendem a terceirização e o extermínio de nossos jovens através da redução da maioridade penal, quem prepara ajustes apenas no bolso dos que menos tem e que tem que cotidianamente lutar por tudo que lhes deveria ser de direito, mas que não ajusta os impostos de quem explora, quem se alia com quem está envolvido em esquemas de corrupção, não pode em momento algum dizer estar ao lado de estudantes e trabalhadores(as).

Por esses motivos para nós é necessário que técnicos e demais profissionais da área da educação que estão em greve construam com os/as estudantes e seus colegas de educação, que ainda não aderiram à greve, pois a única forma de barrarmos a precarização, terceirização e o descaso do governo é parando. Não só parando mas conscientizando que ninguém para de trabalhar ou estudar por que quer, mas por que não há condições de fazer suas tarefas. Precisamos destacar que nem os/as estudantes que deflagraram greve na UFRJ, e nem os técnicos e trabalhadores(as) da educação que estão em greve pelo Brasil, estão parados apenas por seus auxílios ou salários, mas estão por todos(as) que estão tendo seus direitos atacados seja pelo (des)governo de Dilma e Levy, seja pelo (des)governo Sartori, que quer privatizar a educação estadual, ou seja também pelo (des)governo de Beto Richa no Paraná, que massacrou estudantes e professores(as) em praça pública e mostrou para o mundo como os/as estudantes e trabalhadores(as) da educação vem sendo tratados. Seja pelo (des)governo Federal ou seja pelos (des)governos Estaduais!

Precisamos neste momento mais que nunca unir nossas necessidades, nossos direitos quem vem sendo ignorados, cortados e abandonados, unir categorias, dialogar com todos(as) a volta, nos bairros, no trabalho, no local de estudo, em todos os espaços,  e dizer não a todos esses ataques que atingem trabalhadores(as) e estudante. Essa não é uma greve ou uma luta de um ou de outro, mas sim uma luta de todos(as), pois não adianta pararmos apenas no momento em que escolas e universidades estejam sem nenhuma condição, não adianta ir às ruas somente quando a maior parte da população estiver sem emprego, sem direitos, precisamos unir forças para ir juntos contra esses retrocessos.
Por isso a chapa Ifrente de Luta apoia e é parceiro para a construção desta greve na educação !
Para barrar a precarização, greve geral na educação !
Para barrar a terceirização, greve geral na educação !
A pátria não é educadora, mas a greve sim !

Assinam essa carta:
Otávio Tinoco – Presidente do Grêmio e membro do coletivo Juntos !
Eduardo Ogliari – Vice-Presidente do Grêmio.
Fernanda Garcia – Secretária Geral.
Alana Araujo – 1ª Secretária do Grêmio.
Hallan Lopes – Tesoureiro.
Nicolas Gomes – 1º Tesoureiro.
Douglas Pereira – Diretor Social.
Ricardo Henriques – Diretor de Esportes.
Nathana Santos – Diretora de Cultura.
Pedro Luis – Diretor de Imprensa.
Henrique Lemos – Diretor do Curso de Informática.
João Fernandes – Diretor do Curso de Eletrônica.

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