Direção da FASUBRA analisa decisão do STF e orienta manutenção da GREVE

 No dia 27 de outubro, o Supremo Tribunal Federal decidiu sobre o corte de ponto para servidores públicos em greve, o que foi amplamente divulgado pelos meios de comunicação, diferentemente da ausência de cobertura das mais de mil escolas, institutos federais e universidades ocupadas contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 e os ataques à educação.

Nesse momento, confirma-se a unidade da mídia, do executivo, legislativo e judiciário, em impor a classe trabalhadora o ônus da crise. Diante do aumento da pressão do movimento sindical, popular e estudantil sobre os parlamentares e da intensificação das ocupações das estudantes e dos estudantes do ensino médio e superior, bem como do processo de crescimento das possibilidades de greve do setor da educação, o Governo de Temer aliado a setores da burguesia precisam aplicar suas medidas de contenção do avanço da resistência.

Essas ações, entretanto, ainda são precedidas de outras, como a utilização de milicianos de direita para invadir escolas e forçar com o uso da violência, a desocupação dos locais e a intensificação de sentenças judiciais contra as importantes ações do movimento estudantil, que devem contar com todo apoio possível (jurídico e financeiro) das entidades sindicais filiadas a FASUBRA.

Foi neste cenário das ações judiciais de criminalização dos movimentos, que nessa semana, após a definição do STF contrária à desaposentação, numa atitude arbitrária, o STF também assume a tarefa de restringir o direito de greve das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, independente de definição de legalidade ou não do movimento. Nós que nunca tivemos ilusão com a Justiça, sabemos que se não houver mobilização e luta, o próximo passo do STF será a tentativa de definição de que as atividades fins de empresas públicas e privadas também podem ser terceirizadas iniciando já a reforma trabalhista, medida que ficou suspensa de votação no Congresso por causa da pressão dos movimentos contra o PL 4330.

Essas ações se dão num momento de intensificação da resistência, e com a definição das datas de paralisações nacionais de 11 e 25 de novembro próximos, com uma grande campanha de denúncia dos parlamentares que votaram contra as classes trabalhadoras.

Não podemos nos deixar vencer pela insegurança, mas sim tentar tornar ainda mais sólida nossa unidade. A lei não deve existir para privilegiar e proteger somente um lado. Se ela é injusta, temos que nos movimentar para mudá-la! Nada é tão forte que não seja passível de mudanças! O nosso grande medo deve ser o de viver num país sem direitos, sem educação, sem saúde, sem perspectivas, sem futuro! Se aumentam os ataques, aumenta a nossa mobilização! Assim, a Direção da FASUBRA orienta:

– Manutenção do movimento grevista;

– Intensificar nosso apoio às ocupações estudantis;

– Articular reunião dos Fóruns Estaduais do Funcionalismo e da Educação;

– Intensificar a resistência e unificar com os demais movimentos sociais;

– Pressão sobre parlamentares;

– Ações nos conselhos Universitários;

– Realização de Reuniões com Reitoras e Reitores para reforçar o compromisso de não haver corte de ponto;

– Esclarecimentos à categoria onde ainda não houver greve para entrada e fortalecimento imediatos da Greve Nacional da FASUBRA Sindical.

 A greve continua. Intensificar a resistência e unificar com os demais movimentos sociais. Não à criminalização das lutas e não à PEC 241! A luta continua!!! 

Confira aqui, na íntegra, o ofício da Fasubra pela manutenção da GREVE

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