Reforma da Previdência: número de aposentadorias na UFRGS aumenta drasticamente

Em um simples levantamento realizado junto à PROGESP da UFRGS é possível constatar um aumento drástico no número de portarias de aposentadoria para técnico administrativos e docentes da universidade. Somente de 1º de janeiro a 16 de maio de 2017 já foram aprovados 120 portarias de aposentadoria. O número de pedidos de aposentadoria deve ser ainda maior. Para efeito de comparação o número total de aposentadoria em 2016 foi de 192 e em 2015, 179.

No gráfico abaixo é possível perceber que de uma média de 04 aposentadorias nos meses novembro e dezembro de 2016 pulamos para uma média de 30 aposentadorias por mês, nos primeiros meses de 2017, sendo que nos 10 primeiros dias de maio tivemos 11 portarias. Clique aqui para conferir o levantamento de 2017.

Essa média deve aumentar agora que a paridade e a integralidade estão ameaçados pela PEC287 da (contra)reforma da previdência, que a partir do dia 24 de maio deve entrar em votação no plenário da câmara. O texto atual, aprovado na Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados no último dia 09 de maio rejeitou a paridade para servidores públicos que entraram antes de 2003.

De acordo com o substitutivo, os servidores que entraram antes de 2003 terão que cumprir imediatamente as idades mínimas de 62 anos para as mulheres e de 65 anos para os homens para manter a integralidade dos seus benefícios. O servidores também irão ter que se aposentar com a média geral de todos os salários. O assunto poderá agora ser renegociado em Plenário. É hora de fazer pressão aos deputados contra a reforma da previdência.

A administração da UFRGS, entretanto, não tem previsão de novos concursos para suprir a demanda de trabalho extra que deverá ocorrer após a saída desse contingente de servidores se aposentando, acima da média. Isso levará à uma degradação imensa do quadro técnico e docente da Universidade. Teremos um impacto grande no serviço oferecido na UFRGS, visto que além da redução drástica do quadro, serão justamente os mais experientes e com mais cursos de capacitação que estão saindo.

"Essa é uma preocupação da comunidade da universidade e de todo o conjunto da sociedade. A Administração Central deve, minimamente, começar a exigir a renovação desses quadros. O ideal seria que a Administração se posiciona-se claramente contra a PEC287, ou ao menos demonstrasse preocupação em não inviabilizar/precarizar o nosso trabalho com o quadro reduzido que ficaremos caso essa reforma passe no congresso.", afirma a coordenação da Assufrgs Sindicato.