TAEs participam do Ato Nacional S.O.S. Educação Pública nesta quinta, 19, na UERJ

Foto: Concha Acústica da UERJ lotada durante palestra do Presidente Mujica, em 2015 (Foto: Marcelo Elizardo/G1)

O corte orçamentário e desmonte do serviço público orquestrado pelo governo federal são alguns dos motivos que tem levado trabalhadores, docentes e estudantes de todo país  a paralisar as atividades no dia 19 de outubro. No Rio de Janeiro, acontece o Ato Nacional S.O. S. Educação Pública às 17h. A concentração será na Concha Acústica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), às 14h . Caravanas da região sudeste também engrossam as fileiras contra a reforma da previdência e o pacote anti-servidor do governo.

A comunidade acadêmica tem se mobilizado contra o fechamento da UERJ, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO). Principalmente, após o parecer favorável do Ministério da Fazenda ao Regime de Recuperação Fiscal do Rio de Janeiro, que também sugeriu medidas adicionais de contenção de gastos, deixando clara a intenção de extinguir as universidades estaduais. A demissão de servidores ativos, extinção de benefícios e criação de alíquota extra para a Previdência, estão entre as medidas.

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, sugeriu outras medidas de arrocho em parecer, além das aprovadas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). A extinção de mais empresas públicas (além da CEDAE), fim da oferta de ensino superior, reforma do Regime Jurídico Único dos Servidores, demissão de servidores ativos, contribuição previdenciária para inativos, alíquota extra de contribuição previdenciária (além dos 14% já aprovados), são algumas das medidas.

Corte de orçamento

A FASUBRA tem denunciado o corte orçamentário praticado pelo governo e o sucateamento das instituições de ensino públicas. A medida agravada pela sanção da Emenda Constitucional nº 95 de 2016, que reduz o investimento em políticas públicas pelos próximos 20 anos, inviabiliza o funcionamento das instituições.

Em 2017, o custeio das universidades foi reduzido em R$ 1,7 milhões. Os investimentos tiveram queda de R$ 40,1 milhões. Para  a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a redução e contingenciamento comprometem a expansão, consolidação e funcionamento das instituições federais de ensino. Algumas universidades acumulam contas de anos anteriores e não conseguem fechar a conta, mesmo com 100% de liberação de recursos.

A previsão para setembro é de inviabilidade de funcionamento de diversas universidades federais, provocando centenas de demissões de trabalhadores terceirizados.

Para a Federação, as intenções do governo são claras quanto ao processo de desestruturação da Educação Pública, captação de recursos privados e extinção de repasse do Tesouro. “Trabalhadores e gestores estão cientes do desmonte e dos ataques que colocam em risco conquistas históricas”.

Desmonte do serviço público

As soluções apresentadas pelo governo para a crise vêm na contramão da garantia de direitos. De acordo com a Federação, o governo pretende ampliar as condições para a ocorrência de demissões de servidores públicos, coerente com o projeto de terceirização e criminalização de dirigentes sindicais, por meio de projetos de lei, como o PLS 116/2017.

A Medida Provisória 792/17 atinge duramente os servidores públicos, visando a redução da jornada com redução salarial, o incentivo ao afastamento de servidores e o Programa de Demissão Voluntária (PDV).

A destruição das carreiras do Executivo, incluindo carreiras estratégicas também é alvo do governo, configurando um processo de reforma de Estado, “muito mais agressivo do que a proposto na década de 90 com Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Bresser Pereira”, afirma a FASUBRA.

O bloco da educação pública vai denunciar o descumprido de acordos firmados pelo governo em 2015, o anúncio de suspensão de reajustes, suspensão de concursos e contratação de aprovados. Também a extinção de 60 mil vagas e cargos, redução salarial por meio do aumento da contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14% e o estudo de redução dos valores dos benefícios alimentação, pré-escolar e saúde.

Serviço

19 de outubro

Ato Nacional em Defesa da Educação Pública, contra a reforma da previdência e o pacote do governo Temer contra o funcionalismo público, com Atos nos Estados.

Local de concentração: Concha Acústica da UERJ – R. São Francisco Xavier, 524 – Maracanã – Rio de Janeiro – RJ

Hora: 14h

 

 

Entidades:

Fasubra Sindical – Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil.

Andes-SN – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

Sintuperj – Sindicato dos Trabalhadores das Universidades

Públicas Estaduais no Estado do Rio de Janeiro.

Sintufrj – Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Sintuff – Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense.

Sintur-RJ – Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Asduerj – Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Aduff – Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense.

DCE UERJ – Diretório Central dos Estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

DCE UFF Fernando Santa Cruz – Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal Fluminense.

CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

CSP Conlutas – Central Sindical e Popular.

UNE – União Nacional dos Estudantes.

UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.

UEE-RJ – União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro.

UEES-RJ – União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro.

AERJ – Associação dos Estudantes Secundaristas do Estado do Rio de Janeiro.

AMES Rio de Janeiro – Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas.

ANPG – Associação Nacional de Pós-Graduandos.

RUA – Juventude Anticapitalista.

MNLM – Movimento Nacional de Luta pela Moradia.

Informações: Comunicação Fasubra