Grave precedente: Temer altera regras do sistema de saúde de trabalhadores de empresas públicas federais

O governo Temer alterou regras do sistema de saúde dos trabalhadores de empresas públicas federais em todo o pais, através de uma portaria publicada na última sexta-feira (26) no Diário Oficial da União. As normas passam a valer para todas as 147 empresas públicas do país, mas não abrange as autarquias.

Essa medida é preocupante e deve ser combatida pelas federações, sindicatos e a totalidade dos servidores públicos, pois abre o precedente para que ataque semelhante venha, em um segundo momento, para os servidores federais estatutários.

Com a desculpa de cortar gastos, o trabalhador de empresas públicas terá agora que bancar pelo menos metade do valor do plano de saúde e milhares poderão ficar sem cobertura. O governo que arcava com cerca de 75% dos gastos com saúde, pagará no máximo 50%.

A portaria determina ainda que os novos empregados públicos não tenham mais direito ao plano de saúde e aqueles que estão na ativa, terão que se adaptar às novas regras em um período máximo de quatro anos. Entre os dependentes dos servidores, só poderão permanecer no plano os filhos e companheiros conjugais. Os pais terão que ser definitivamente excluídos.

Os trabalhadores dos Correios e da Infraero serão os mais atingidos, pois atualmente contam com até 95% de gastos com a saúde garantidos pelo governo. Confira aqui a resolução.