Aeroviários e aeroportuários marcam greve para esta quinta-feira (22)

 As entidades sindicais se comprometeram a manter 20% dos funcionários em atividade, como prevê a legislação. No entanto, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) ainda não sabe precisar quantos trabalhadores vão aderir. “Os sindicatos têm ciência (da legislação) e irão cumprir todos os trâmites necessários à realização da greve”, declarou a Fentac em nota enviada ao Vermelho.

 Inicialmente, os aeroviários e aeronautas pediam aumento salarial de 13% e aumento sobre os pisos de 20%. Após reuniões e assembleias, os sindicatos baixaram a proposta para 10% de aumento salarial e 14% de aumento sobre os pisos “para demonstrar boa vontade nas negociações com as empresas”.

 Em audiência de conciliação mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), realizada no início da tarde desta segunda-feira (19), os trabalhadores não aceitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelos representantes das empresas aeroviárias de 6,17%.

 Além do aumento de 7%, os aeroviários (pessoal de terra) e aeronautas (que trabalham embarcados) pediram hoje a fixação do piso de R$ 1.100 para os operadores de equipamentos, mas as empresas só aceitaram estabelecer o piso de R$ 1 mil. As empresas e os trabalhadores chegaram a um acordo em relação ao aumento de 10% no piso da categoria, no vale refeição e na cesta básica.

 As empresas alegam que não podem oferecer um reajuste maior que o da inflação oficial. No entanto, os trabalhadores contestam. Segundo eles, os dados oficiais mostram que existem condições financeiras para conceder um aumento maior.

 Segundo a Fentac, a aviação brasileira mais que dobrou de tamanho nos últimos cinco anos – dezembro de 2010 x dezembro de 2005 = 104,42% -, uma média anual de 15,37% de crescimento. No mesmo período, os trabalhadores obtiveram um aumento real de apenas 7,79%, o que representa uma média anual de 1,51%. Veja os gráficos apresentados pela categoria.

 O dissídio da categoria só deve ir a julgamento na Seção de Dissídios Coletivos do TST, formada por nove ministros, em fevereiro, quando terminam as férias coletivas do Tribunal. (Fonte: Portal Vermelho, Fentac e Agência Brasil)

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