Dia 24 de Fevereiro-Marco na história da Política Feminista

   Foi exatamente há 82 anos, no dia 24 de fevereiro de 1932 que as mulheres brasileiras puderam fazer valer de seu direito de voto através do Código Eleitoral Provisório.

   Apesar de não ter sido uma conquista completa, pois só puderam votar as mulheres casadas com autorização de seus maridos, viúvas e solteiras com renda própria, foi um marco na nossa história, pois até 1932, somente podiam votar os homens brancos.

   De acordo com a História, os primeiros registros deste movimento social, político e econômico de reforma, conhecido com Sufrágio Feminino ocorreram na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no ano de 1928 quando o então Governador do Estado, Juvenal Lamartine autorizou as mulheres a votarem em seu estado.

    Pesquisando estatísticas sobre este assunto, verificamos que a primeira eleitora do Brasil e da América Latina foi Celina Guimarães Viana, que através da Lei nº 660, data de 25 de outubro de 1927, que regulava o Serviço Eleitoral no Rio Grande do Norte, permitiu que as mulheres votassem, pois a lei estabelecia que não haveria mais distinção de sexo para o exercício do sufrágio e como condição básica de elegibilidade.

      Porém, foi somente no ano de 1934 que as restrições dadas ao sexo feminino foram retiradas do Código Eleitoral e assim mesmo, não tornava o foto feminino obrigatório. Finalmente, no ano de 1946 o voto feminino sem restrições torna-se obrigatório no Brasil.

       As conquistas do Sexo Feminino tem sido inúmeras, pois foram anos e anos de reuniões, marchas, protestos, assembleias e manifestações em prol das mulheres, mas ainda temos uma longa jornada pela frente.

      Na Política de nosso país, somos a maioria do eleitorado brasileiro, temos pela primeira vez na nossa história uma mulher na Presidência da República, porém a nossa representação no Congresso Nacional ainda deixa a desejar. Na Câmara Federal temos apenas 8,77% contando com 45 deputadas e no Senado temos apenas 12 mulheres ocupando estas vagas para um total de 81 cadeiras.

      Temos que lutar, pois as mulheres são fortes, são guerreiras, são mães, donas de casa, tem jornada dupla de trabalho e mesmo assim, somos uma classe vitoriosa.

       A luta continua e ainda temos muitas causas a serem defendidas.

      Avante mulheres guerreiras e trabalhadoras deste Brasil!

 

 

 Silvia Fernanda Peçanha Martins e Maria Antonieta Cossio Xavier- Coordenadoria de Educação Política e Sindical-ASSUFRGS.

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