Estudantes e servidores do campus do Vale realizam manifestação contra fechamento do RU.

 

  Os servidores técnico-administrativos, funcionários e estudantes da UFRGS, no campus do Vale, realizaram nesta manhã o AlmoçATO: um almoço e ato em protesto ao fechamento do RU do Vale. O Restaurante Universitário permanece fechado há uma semana, sem explicações da Reitoria à comunidade acadêmica. Professores, servidores técnico-administrativos, funcionários e estudantes estão sem alimentação para realizar as atividades.

O fechamento do RU além de quebrar o direito à permanência dos estudantes – não assegurando que este dê continuidade às suas atividades com qualidade; também, tira as condições de trabalho dos servidores e funcionários do campus – que precisam trabalhar sem se alimentar. O caso se agrava quando olhamos para os terceirizados, que tem jornada de 40 horas, salário arrochado, e sem direito à alimentação.

 Os trabalhadores, também, manifestaram repúdio ao veto de atendimento ambulatorial aos terceirizados, em que a UFRGS não garante assistência básica aos trabalhadores da própria Instituição. Outra questão levantada foi o preço abusivo dos restaurantes privados dentro do campus. Estes, regulam seus preços acima do que se pagaria em locais de grande circulação, uma vez que o campus é retirado dos centros urbanos, e os estudantes acabam sendo obrigados a consumir nesses locais, já que o RU permanece fechado.

 O RU foi interditado pela Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) de Porto Alegre, alegando falta de condições sanitárias, com irregularidades desde à estrutura da cozinha até as questões de higiene, saneamento e armazenamento dos alimentos.

 

 Nesta terça-feira, dia 10, os estudantes, técnico-administrativos e professores realizarão outro almoço solidário para conversar com a comunidade acadêmica sobre a situação do Restaurante Universitário.

Na quarta-feira (11), os estudantes já deram o recado à reitoria: se não tiver RU, não vai ter aula! “As manifestações de junho mostraram que somente indo a luta vamos conseguir nossos direitos. A luta da passagem não foi só por 20 centavos, foi para colocar também os outros ataques que temos sofrido. A luta do RU não é só pela alimentação, mas por condições de trabalho e vivência dentro da Universidade!”, disse o estudante de Letras e membro do Diretório Acadêmico Lucas Fogaça.

 

 

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