Greve da Fasubra: Apenas começamos!

O Comando Nacional de Greve, em reunião realizada no dia 04 de abril, avaliou que:
Na adversidade da conjuntura nacional, em que as movimentações de vários setores da sociedade colocam em debate temas, porém sem uma articulação de suas entidades em nível nacional, nasce a proposta da greve do conjunto dos setores do SPF, em primeiro momento, mas que não tiveram condições objetivas de responder com a mesma mobilização que a nossa categoria, o que resultou na mudança de eixo da greve para uma pauta específica da base da FASUBRA, deflagrada no dia 17 de março. Este cenário de descompasso entre as categorias do Serviço público impôs a construção da pauta específica,
o que não significa afirmar que a pauta geral esteja abandonada.
A ratificação da deflagração da greve específica foi compreendida pela categoria diante da insuficiência da proposta apresentada pelo governo. Nossa pauta, mesmo com todo esforço da FASUBRA, ainda não recebeu do governo propostas significativas que pudessem dar conta das demandas mínimas dos trabalhadores. Mas a ação direta da categoria caminha para abrir canais de negociação efetiva.
Nossa pauta geral consiste no esforço de articulação com outros setores do funcionalismo e investe no ascenso de mobilização dos movimentos sociais.
O inicio do nosso movimento paredista está marcado em geral pela forte participação nas assembleias, por boas atividades de rua que estão dando visibilidade à greve inclusive na grande mídia. Assim, demos um primeiro passo vitorioso no sentido de colocar um forte movimento em curso numa conjuntura política na qual a maioria da população está desaprovando as políticas do governo para saúde e educação bem como a própria popularidade de Dilma que começa a sofrer abalos significativos.
Após pouco mais de 15 dias em greve podemos dizer que estamos com um movimento consolidado em 36 sindicatos filiados à FASUBRA.A sinalização do  congresso do SINASEFE de deflagração de greve a partir do dia 21 de abril configura-se como elemento que ampliará a greve instalada nas IFE. Em que pese não ser uma greve unificada, há pontos que poderemos trabalhar em conjunto, uma vez que temos em comum a carreira e outros pontos que podem ser dialogados com o governo, o que poderá ajudar no processo de crescimento da mobilização dos docentes.
A categoria, mesmo reconhecendo a importância de alguns dos pontos apresentados na proposta do governo, diante do conjunto da pauta, considerou insuficiente, cabendo garantir a continuidade do processo negocial. Hoje com a greve consolidada na base, o próximo passo é continuar exigindo a abertura de negociações entre governo e FASUBRA, reconhecendo a importância da mesa de negociação e a retomada de uma agenda para
promover o atendimento das demandas da categoria. Assim, é absolutamente necessário que façamos fortes mobilizações com ações contundentes que provoquem a população a se posicionar ao lado dos trabalhadores.
É também importante usarmos como linha auxiliar uma política institucional com o objetivo de forçar o governo a abrir negociações. Por isso foi correto buscar o apoio de parlamentares no Congresso Nacional à nossa greve, bem como a defesa de nossas bandeiras no Plano Nacional de Educação – PNE, com a reafirmação da orientação para que os Comandos Locais também realizem esta tarefa. É de fundamental importância conseguir manifestação de apoio à greve nos Conselhos Universitários, bem como de entidades da sociedade civil.
Reafirmamos o calendário já proposto para os próximos dias que envolve a manifestação em defesa da saúde pública no Rio de Janeiro (07) e os atos que serão realizados em conjunto com o funcionalismo público federal no dia (08), a marcha das centrais, marcada para o dia (09), em São Paulo; Participar da audiência solicitada pela Deputada Alice Portugal para debater as condições de trabalho dos TAE nas Instituições Federais de Ensino Superior; Enviar representação do CNG-FASUBRA no dia (15) para participar da audiência pública no Congresso Nacional para discutir com outras entidades e em especial com o Ministério Planejamento, Orçamento e Gestão a campanha salarial de 2014
Parabéns a todas as companheiras e companheiros que estão construindo nossa greve de norte a sul do país. A força do nosso movimento tem conseguido manifestações de apoio dos conselhos universitários ao nosso movimento grevista.

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