Mesas de interesse têm palestras sobre temas específicos

Dando seqüência às atividades do XXI Confasubra, foram realizadas na quinta-feira (12), as Mesas de Interesse que abordaram temas diversos como Juventude, Formação Política, Cultura, Esporte e Lazer, Mulher Trabalhadora, LGBT, Raça, Meio Ambiente e Comunicação Sindical. 

Essa última teve por objetivo dar oportunidade para diretores efuncionários dos sindicatos da trocarem experiências de atuação nos setores de comunicação. As propostas ali tiradas deverão contribuir para a formulação de uma política de comunicação avançada e voltada para a informação e formação dos técnico-administrativos em educação. A mesa de interesse sobre comunicação sindical foi composta pela assessora de Comunicação do Sintest-RN, Lívia Cavalcanti; pela coordenadora-geral do Sindifes/BH, Neide Dantas; por Leandro Chemalle; Cássia Maciel, diretora da Assufba, e Bernardo Pilloto, diretor do Sindtest-PR. A coordenação dos trabalhos ficou a cargo do diretor de Comunicação e Formação Sindical da Fasubra, Sandro Pimentel.

Iniciando as explanações, Lívia Cavalcanti, falou sob a ótica de funcionária do SINTESRN, um dos sindicatos com melhor estrutura em comunicação da base da Fasubra. Ela fez um histórico do processo de evolução da comunicação e sua importância para a história da humanidade, apontando que as maiores transformações sociais ocorreram em paralelo com as revoluções da comunicação.

 Ela também defendeu a necessidade de os sindicatos investirem em infra-estrutura tecnológica e de recursos humanos para se profissionalizar e melhor combater as investidas da mídia conservadora; abordou o mito da imparcialidade, que em sua opinião é inexistente pois a linha editorial dos veículos de comunicação estabelece que valores sociais devem ser promovidos ou oprimidos, e reafirmou a necessidade de os meios de comunicação utilizados nos sindicatos falarem a linguagem dos seus associados, ou seja, os técnico-administrativos em educação. Sobre as tecnologias hoje disponíveis, a assessora afirmou que “os sindicatos devem se apropriar delas” para atingir todos os atores que fazem a universidade.

 

Por sua vez, Neide Dantas, coordenadora-geral do Sindifes/BH, também fez uma recuperação da história da comunicação sindical desde a invenção da mesma pelo movimento anárquico no início do século passado, até os dias atuais. Segundo Neide, a comunicação sindical deve estar voltada para a formação política do técnico-administrativo em comunicação e abordar aspectos conjunturais econômicos e sócio-políticos. “A Comunicação Sindical é

indissociável da formação. As duas devem andar par e passo para que haja resultado positivo”, garantiu. Dantas também disse que a Comunicação Sindical não deve privilegiar a opinião de grupos políticos e de direções. “O nosso foco tem sempre que ser o associado, a pessoa que necessita da informação para tomar conhecimento das suas lutas”, afirmou.

 Com um posicionamento mais a favor da comunicação digital, Leandro Chemalle disse que a utilização das mídias sociais é fundamental para o avanço da comunicação sindical. Ele acredita que um dos maiores desafios de quem trabalha com isso hoje em dia nas entidades é inserir as bases sindicais no mundo digital (internet, redes sociais e blogs). Por isso, ele defendeu a criação de centros de inclusão digital nos sindicatos para oferecer cursos para os técnico-adminstrativos. Ele contribuiu ainda com duas propostas para melhorar a comunicação da Federação: sugeriu a formação de uma rede de sites a partir da página da Fasubra e realizar um novo encontro de comunicação para sindicalistas e jornalistas.

 Cássia Maciel, coordenadora da Assufba, falou sobre infra-estrutura, financiamento e o mito da imparcialidade tão defendido nas escolas euniversidades de comunicação. Para ela a parcialidade deve existir sim e andar a favor das causas defendidas pela categoria, em defesa dos direitos conquistados e a adquirir. “A comunicação sindical é para os técnico-administrativos, para aproximá-los das entidades sindicais. Para isso, ela deve ter por objetivo tornar as lutas mais claras, elevar a auto-estima do associado e assim, promover a consciência de classe”, finalizou.

  Por outro lado, Bernardo Pilloto, fez uma breve exposição da experiência que tem adquirido na área, defendeu a valorização do setor pelas entidades de base. “As ações de comunicação não podem ser consideradas ‘um gasto a mais”, como é recorrente no sindicalismo. Ela deve ser pensada como investimento na luta da classe trabalhadora, como ferramenta de divulgação dos nossos movimentos”, declarou. Piloto afirmou também que é fundamental que haja maior envolvimento das diretorias na produção das peças informativas, tais como boletins, sites, cartilhas, cartazes e campanhas midiáticas. Finalizando sua participação, Pilloto propôs que a Fasubra realize debate sobre democratização da comunicação.

 Fechando as explanações da mesa, o coordenador de Comunicação, Sandro Pimentel, informou aos participantes como é a estrutura da

Coordenação de Comunicação e Formação Sindical da Fasubra, quanto a recursos humanos e infra-estrutura. Ele também falou sobre as atividades realizadas pela coordenação nessa gestão que se encerra, e destacou o Curso de Mídias e Vivências Digitais ocorrido ano passado como um momento ímpar para o avanço na política de comunicação da entidade, que passou a ter um Núcleo de Mídia Digital. Pimentel salientou que a Federação está aberta a todas as contribuições que venham a significar progresso na área e conclamou aos sindicalistas e jornalistas presentes a terem mais participação nas ações da Federação. “Ajudem a Fasubra a evoluir, cobrando ações que resultem em melhoria da infra-estrutura física e nos meios disponíveis de interação entre a base sindical e a sociedade”, disse.

 Após as falações, a mesa abriu espaço para que sindicalistas e jornalistas falassem sobre o funcionamento das áreas de comunicação e fizessem questionamentos aos palestrantes.

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 Texto: Carla Jurumenha – ASCOM FASUBRA

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