Mil pessoas repudiam violência da Brigada Militar gaúcha na sexta-feira

A violência das ações da Brigada Militar no Rio Grande do Sul, nos últimos meses, está preocupando entidades sindicais e movimentos sociais. Em repúdio à truculência da Brigada Militar, mil pessoas protestaram novamente na manhã desta sexta-feira (17), em frente à agência central do Banrisul, na Capital gaúcha.

Os trabalhadores carregavam fotos impressas de bancários feridos pelas agressões policiais. Eles caminharam com as imagens no interior da agência, para que os servidores que não aderiram à greve e demais cidadãos enxergassem a violência.

A diretora do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e região (SindBancários), Lourdes Rossoni, aponta que a repressão da Brigada Militar, na quinta-feira (16), lembrou a atitude dos policiais na época da Ditadura Militar.

“Nós não víamos isso há muito tempo, nos lembrou a época da Ditadura Militar. Uma manifestação pacífica e a gente recebe, ao invés do diálogo, a truculência da Secretaria de Segurança que entende que manifestação de trabalhadores é coisa de baderneiro. Isso é um absurdo”, diz.

A manifestação desta sexta-feira, foi motivada pelos episódios que ocorreram no dia anterior, quando pelo menos 20 pessoas ficaram feridas, durante confrontos com a Brigada Militar, em protesto de bancários e no encerramento da 13ª Marcha dos Sem.

No caso dos bancários, cerca de 250 trabalhadores estavam em frente ao Banrisul exigindo que a direção do banco negociasse com a categoria, que está em campanha salarial. A Brigada Militar alega que os servidores estavam impedindo a entrada dos clientes e precisou agir para desobstruir a passagem.

No entanto, a sindicalista diz ter informações de que o próprio Banrisul teria acionado a Brigada Militar para retirar os manifestantes e não precisar negociar com a categoria. A direção do Banrisul informou, através da assessoria de imprensa, que não vai se manifestar sobre o assunto.

Fonte: Paula Cassandra/Agência Chasque
Foto: Marisane Pereira/Feeb-RS