Reitoria da UFRGS não fará listas de grevistas

Uma representação do Comando Local de Greve (CLG) esteve na tarde de hoje em reunião com o reitor em exercício, Rui Vicente Oppermann. O encontro foi motivado a partir do envio de uma mensagem, na última sexta-feira, pelo Ministério de Planejamento Orçamento e Gestão, que pede aos gestores de órgãos públicos a formulação de listas e o corte do ponto de grevistas.

O CLG pediu que a administração da UFRGS assumisse uma posição favorável aos grevistas. Oppermann garantiu que a mensagem do MPOG não se aplica à Universidade. Para ele, os grevistas estão lidando de maneira adequada com as situações de essencialidade e, na medida do possível, dando um bom andamento aos pleitos da comunidade universitária. Os grevistas garantiram, por exemplo, o pagamento de bolsas a pós-graduandos, entre outras tarefas julgadas importantes.

O vice-reitor afirmou que “a UFRGS não enviará listas diferenciando os servidores em greve”. Ele argumentou que essa prática é costume dessa e de administrações anteriores. Essa posição dá maior segurança aos colegas que poderiam estar se sentindo pressionados para retornar ao trabalho, devido a um eventual corte no ponto.

O grupo que representou o CLG na reitoria, formado pela coordenadora geral da Assufrgs, Bernadete Menezes, e por membros do CLG, Silvia Martins, Igor Pereira, Alexandre Bastos e Jorge Torres, definiu a reunião como um avenço para a greve na universidade. Essa garantia da administração é um passo importante para que os colegas não se preocupem com o jogo duro do governo federal e aumentem o ânimo para as atividades de luta.

Andifes deve pressionar o governo

O vice-reitor participa amanhã de uma reunião da Andifes. Segundo ele, a entidade deve formular um posicionamento favorável à greve dos técnico-administrativos e docentes das universidades e cobrar do governo a abertura de negociação efetiva com os grevistas. A associação conta com a participação da maioria dos dirigentes de universidades federais e tem importante peso político na área da Educação. Oppermann se comprometeu em defender, na reunião da Andifes, que a entidade pressione o governo a negociar com os servidores em greve.

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