Técnicos aprovam fundo de greve

Os técnicos da base da Assufrgs, em Assembleia de Sócios realizada no Instituto Federal RS – Campus Porto Alegre, aprovaram por ampla maioria e 11 votos contrários e duas abstenções a arrecadação de uma contribuição extra dos associados para compor o fundo de greve. O desconto será realizado em contracheque no mês de julho (com pagamento no iníco de agosto) ou no mês de agosto (pagamento de julho), de acordo com os trâmites de encaminhamento da folha de pagamento na UFRGS, UFCSPA e no IFRS.
O fundo de greve é utilizado para tocar as atividades de greve e gerido politicamente pelo comando local de greve.
Os filiados podem optar por não contribuir com a mensalidade extra. Para isso foi aprovado em Assembleia o prazo de 15 dias corridos, a contar da quarta-feira, dia 10. O trabalhador deve enviar e-mail individual para secretaria@assufrgs.org.br ou requerer pessoalmente, até dia 24 de junho, na sede do sindicato, na Av. João Pessoa 1.392.
A Assembleia iniciou com o relato da Coordenadoria de Finanças do Sindicato, representada pela coordenadora Carmem Almeida.
A coordenadora informou sobre os valores que estavam no fundo de greve da entidade, composto a partir do repasse de 3% do arrecadado mensalmente – montante que estava em R$ 41 mil antes de começar a greve. Ainda segundo ela, já foram desembolsados R$ 31 mil em pagamento de materiais e fornecedores. O compromisso assumido é que serão apresentados em boletins e no site da Assufrgs os valores gastos.
Antes da votação, alguns colegas pediram esclarecimentos, entre os quais a aposentada Lizette de Castro perguntou por que o mesmo procedimento, de aprovar o fundo de greve, não foi adotado no ano passado. A mesa respondeu que o comando de greve estava dividido na greve passado sobre esse assunto e que em duas assembleias realizadas para votar o tema a propostas não foi aprovada.
Paulo Ceroni solicitou que a mesa explicasse como é feito o desconto, ao que foi respondido que mensalmente a Assufrgs desconta 1% do salário básico dos filiados mais o que é fixo no contracheque e que, quanto aprovado o desconto extra, em um mês é realizado um duplo desconto (1% da mensalidade regular + 1% da mensalidade extra). Jacira Bernardes pediu para que fosse realizada uma campanha de contribuição espontânea por parte dos não filiados. A mesa acatou a fala e informou que será feita uma campanha de filiação e que também pode ser realizada uma campanha de arrecadação.
Assembleia Geral – Em ato subsequente, foi realizada uma Assembleia de Greve para avaliar a Greve Nacional, iniciando com a leitura do Informe de Greve da Fasubra, em que foi apresentado o quadro de instituições federais em greve, somando 56 Universidades. Trata-se da greve como começo mais forte dos últimos anos. Nos informes locais e avaliações, falaram os técnicos dos campi do IFRS, que estavam à mesa, Henrique Leonardi (Porto Alegre), Fabiano Holderbaun (Canoas) e Thainá Machado (Restinga), que relataram a mobilização dos trabalhadores de suas unidades e também apontaram para os efeitos dos cortes no orçamento federal para educação, incluindo a falta de continuidade na construção de instalações físicas.
Para uma assembleia com cerca de 500 trabalhadores, pronunciaram-se os colegas que desejaram contribuir para a avaliação do movimento. Jorge Nogueira falou da pressão que alguns trabalhadores sofrem para não aderir à greve e que os casos devem ser encaminhados às Comissão de Ética. João da UFCSPA destacou os setores da sua universidade que estão parando e trazendo problemas à gestão. Rosane Souza falou da mobilização no Hospital de Clínicas Veterinária, que amanhã, dia 10, às 10h30min, juntamente com técnicos da Faculdade de Veterinária, realizará uma reunião de greve para ampliar a adesão. A bem-sucedida reunião da Faculdade de Arquitetura, que contou com a presença de técnicos de várias unidades, foi destacada na fala de Frederico Duarte Bartz, enquanto Ricardo Souza, saudou a aprovação do fundo de greve, por garantir a viabilidade financeira da greve.
Vinda do Campus Litoral Norte, Fernanda, reforçou a justeza da greve desenvolvida pelos trabalhadores, por melhores condições de trabalho. Joni (vulgo Cabeça) apresentou a Campanha do Agasalho da greve e Mozarte Simões falou da adesão em massa dos colegas do Ceclimar. Mário Pereira lembrou da necessidade de adequar o Estatuto da Assufrgs para acolher integralmente os colegas do IFRS.
 
Após a AG foi realizada uma marcha pelas ruas do Centro da Capital. Também estiveram à mesa os coordenadores Arthur Bloise, Mozarte Simões e Mário Pereira.

 

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