Tentativas de estupro a mulheres e de homicídio a vigilantes voltam a rondar os campi da UFRGS

 

A ASSUFRGS recebeu a denúncia de duas tentativas de estupro a estudantes no campus do Vale da UFRGS e tentativa de homicídio a servidores vigilantes somente nesta primeira semana de outubro. No último dia 10, uma estudante de 15 anos apenas, do Colégio Aplicação, sofreu assédio sexual dentro do ônibus que faz a linha circular no Campus do Vale, por um sujeito não identificado.

No dia seguinte (11), outra estudante de Ecologia da Universidade sofreu tentativa de estupro dentro da mata no Campus do Vale. O fato não foi consumado, pois a estudante gritou por socorro, fazendo com que as pessoas e os vigilantes no Campus escutassem e fossem até o local, assustando o estuprador.

Ainda nesse mesmo dia, por volta das 20h, um vigilante da Rudder sofreu tentativa de homicídio também no Campus do Vale. Segundo o relato, três indivíduos armados atiraram no vigilante, que só não teve ferimentos mais graves, pois os tiros atingiram o colete à prova de balas. No entanto, os criminosos levaram a arma e o colete do vigilante. Segundo os trabalhadores, nos últimos três anos, 14 armas e cinco coletes à prova de balas foram roubados dos vigilantes terceirizados que trabalham nos campi da UFRGS.

A situação dos terceirizados não é nova dentro da UFRGS. A ASSUFRGS também realizou reportagem sobre a questão dos terceirizados, que pode ser lida no jornal de Outubro do Sindicato, denunciando não somente as condições precárias de trabalho dos mesmos, como a própria falta de segurança, em que casos semelhantes sobre a segurança dos trabalhadores, principalmente as mulheres, rondam no trabalho cotidiano. Uma universidade que se exalta em estar nas posições mais altas quanto ao investimento em ensino, não pode se omitir frente aos ataques diretos às vidas dos trabalhadores e da comunidade academica da própria instituição. Os trabalhadores, além de ter que garantir o ambiente seguro à comunidade acadêmica, tem de defender com suas próprias mãos a própria vida para trabalhar para a Instituição, em salários rebaixados em relação aos servidores e condições de trabalho degradantes.

 

Vigilantes na mira da reitoria

 Em reunião com o reitor da UFRGS, a ASSUFRGS solicitou concurso público para segurança da UFRGS. Mas, de resposta ouviu que a quantidade de vigilantes, segundo a administração, “é suficiente”. O concurso para vigilante não ocorre desde 1994, e a reitoria prefere apostar na segurança privada, terceirizando o serviço, sob a justificativa de que o cargo para vigilante está extinto, e por isso a não necessidade de concurso público. No entanto, o GT de Segurança da ASSUFRGS já entregou os documentos à administração provando que o cargo não está extinto, e a necessidade de concurso público para Vigilância dos campi.

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