Bancários lançam adesivo contra a privatização do Banrisul

Com os dizeres “Não abrimos mão do Banrisul como banco público”, o Sindicato dos Bancários e a Federação dos Bancários/RS lançaram na semana passada um adesivo em defesa da instituição.A peça é uma convocação a todos os bancários a se unirem e defenderam a manutenção do patrimônio dos gaúchos.

A idéia ganha importância diante das novas declarações do candidato a vice na chapa de Yeda ao governo do Estado (PSDB), Paulo Afonso Feijó (PFL), que voltou a pregar a federalização do banco, caminho para a sua posterior privatização.

De acordo com o secretário-geral do SindBancários, Fabio Soares Alves, a iniciativa é mais um chamado em defesa do banco. “O Sindicato já havia se posicionado no mesmo sentido quando da votação do PEC (Projeto de Emenda Constitucional), que exige a realização de um plebiscito para a venda do Banrisul ou para a transferência de seu controle acionário”, explicou.

O dirigente sindical lembra que o PEC surgiu no movimento sindical. “O Banrisul é a prova de que uma empresa pública é viável, principalmente no Rio Grande do Sul”, comentou.

O diretor do SindBancários e da Federação dos Bancários do RS, Amaro Silva de Souza, ressalta que a luta em defesa do Banrisul é permanente entre os banrisulenses e a sociedade gaúcha. Também recorda que, em 2005, os sindicatos firmaram “guerra” com a Federasul, então presidida por Feijó, que bombardeou na imprensa que o banco era um peso financeiro alto para o Estado, inclusive defendendo sua venda.

“Na oportunidade, fazendo simulações do custo diário para sua manutenção, as entidades sindicais tiveram papel fundamental para não deixar ter eco esse debate. Colocamos publicamente que esse cidadão não tinha e não tem compromisso com a sociedade. Feijó mantém sua postura e afirma novamente, como em 2005, que o banco tem que ser privatizado”, destaca Amaro.

“Nós afirmamos em bom tom que o Banrisul não será vendido e os privatistas de plantão não irão se implantar neste governo e nem tocar no banco, que é de toda a sociedade gaúcha. O banco está saneado, é viável, lucrativo e essencial para alavancar projetos sociais e disponibilizar créditos e melhores condições de vida para quem de fato precisa, que é a grande maioria da população e não aos poderosos, como Antônio Britto, hoje presidente da Azaléia, que defendem as candidaturas de Yeda e Feijó”, acrescenta o dirigente sindical.

Para o diretor de Aposentados e Seguridade Social do SindBancários, Ilton Pacheco de Freitas, este é o momento da sociedade gaúcha e dos funcionários da empresa firmarem uma posição, sem vacilação, em defesa da instituição. “O Banrisul já provou sua viabilidade e sua importância para o desenvolvimento das diversas regiões do Estado. O Rio Grande do Sul, para retomar o caminho do crescimento, não pode prescindir de seu braço financeiro”, avalia.

Fonte: SindBancários de Porto Alegre e Região