Municipários de Porto Alegre decidem manter a greve

Leandro Rodrigues conta, no blog dos Municipários, como foi a assembléia realizada quarta à tarde, que decidiu manter a greve dos funcionários públicos municipais de Porto Alegre:

 
Em uma assembléia que reuniu cerca de 3 mil servidores municipais, por unanimidade, deliberou-se pela continuidade da greve dos municipários de Porto Alegre. A proposta da administração foi considerada insuficiente, especialmente por não apresentar qualquer avanço na composição do índice de reajuste, avançando apenas no valor do vale alimentação, o que na prática corresponde a um bônus de R$ 25. Pior que o famoso "abano" do Collares.
O ponto que a prefeitura (e sua mídia companheira) mais tem explorado é o reajuste diferenciado para os salários mais baixos, que nada mais é do que uma adequação legal que impede que qualquer trabalhador receba abaixo do salário mínimo. Com o salário mínimo nacional sendo reajustado em 8,57%, o reajuste de 3% novamente coloca os salários da faixa 2 abaixo do mínimo, situação que aconteceu na data-base passada.
 
Também ficou acertada nova assembléia para o dia 12 de junho, às 14h, 21º dia de greve e data simbólica, pois é o número de dias (recorde) que a categoria parou na gestão Alceu Collares. Após a assembléia, os municipários dirigiram-se até a Câmara Municipal de Vereadores a fim de pressionar por uma nova e mais produtiva reunião de negociação da pauta.

Aos gritos de "Queremos trabalhar, negociação já!" e embalados pelo já consagrado hit "Porto Alegre é Jamais" (paródia à música "Porto Alegre é Demais", de autoria do casal Fogaça) os municipários aguardavam o desfecho de uma reunião no Salão Nobre da CMPA, onde, segundo relatos, acertou-se nova reunião com a equipe da prefeitura. 


Justiça garante direito de greve em Porto Alegre

A Justiça não aceitou o pedido da procuradoria da prefeitura de Porto Alegre, que queria liminar decretando a ilegalidade da greve dos funcionários municipais. A decisão foi divulgada nesta quinta. A prefeitura alegava que a paralisação está afetando serviços essenciais, como em postos de saúde e no abastecimento de água, mas os grevistas afirmam que os casos emergenciais estão sendo atendidos.