Chávez rebate críticas americanas e chama Uribe de “peão do império”

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, respondeu neste domingo a um funcionário dos Estados Unidos que o acusou de facilitar o tráfico de drogas, e disse que ainda que ele lute pela paz, as pessoas acusam-no de ser uma ameaça.

Em seu programa dominical de rádio e televisão "Alô, Presidente!", ele afirmou que acusam-no de ser uma ameaça.

A começar pelo "chefe do império que está bombardeando o Iraque e que tem bombas atômicas para acabar com meio mundo, mas tudo bem, a vida é assim, alguém que luta pela paz é acusado de ser uma ameaça e de querer acabar com o mundo", criticou.

O chefe de Estado venezuelano se referiu às declarações publicadas hoje pela imprensa local e atribuídas ao chefe do serviço antidrogas americano, John Walters.

Ele teria dito que chegou "a hora de encarar o fato de que o presidente Chávez está se transformando em um grande facilitador do tráfico de cocaína para a Europa e outras partes do hemisfério".

O "alto funcionário do Governo dos Estados Unidos disse que eu sou traficante de drogas e isso está sendo repetido por todo o mundo, como parte de uma campanha de nível internacional contra mim, mas que não é contra a minha pessoa, mas contra a Venezuela, contra a revolução e contra o povo venezuelano", acrescentou Chávez.

"Peão do império"

Chávez, que inaugurou uma fábrica para processar leite no município fronteiriço de Machiques (estado de Zulia, noroeste), também acusou o governo colombiano de propiciar estes ataques.

"Este é propiciado pelo governo da Colômbia, não é que os gringos venham aqui. Não, não… Eles os convidam, e os colocam para que nos ataquem. Indigno o governo da Colômbia, indigno o presidente da Colômbia. Volto a acusar o presidente da Colômbia de ser um mero e triste peão do império americano para atuar contra os povos da América Latina", disse o presidente venezuelano, que também usou as palavras "covarde, mentiroso, semeador de discórdia e manobreiro" para referir-se a Uribe.

"Um homem assim não merece ser presidente de coisa alguma, muito menos de um país. Serve para chefiar uma máfia", disse Chávez depois de ler uma carta enviada por seqüestrados das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), na qual solicitavam que prosseguisse a mediação para a troca humanitária.

"Don Vito Corleone fica insignificante perto de homens como Alvaro Uribe", acrescentou Chávez depois de qualificar seu colega colombiano como "indigno".

Chávez sugeriu a Uribe "procurar um novo líder", posto que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, "está por concluir o seu segundo mandato".

Fonte Vermelho, com informações da ANSA