Intersindical debate a reorganização do movimento sindical

Realizou-se nos dias 12 e 13 de Abril o II Encontro Nacional da Intersindical – instrumento de luta dos trabalhadores. No Encontro estiveram presentes mais de 900 trabalhadores de diversos sindicatos, oposições e coletivos de 22 estados do país, representados por 877 delegados e 103 observadores.

A Assufrgs, de acordo com deliberação de nossa Assembléia, de participar de todas as iniciativas em defesa dos direitos da classe trabalhadora, esteve presente com uma delegação de 8 companheiros, Berna Menezes, Fabiano Porto, Schirley Cassel, Maria de Lourdes Ambrósio, João Batista, Júlio Antonio, Alexandre Bastos e Paulo Ceroni.

Os principais temas debatidos foram: conjuntura nacional, as tarefas, além de avançarmos em medidas para o fortalecimento da Intersindical, para atuar no processo de reorganização da classe trabalhadora contra os ataques do sistema neoliberal. Isto deve ser feito com democracia e unidade através da participação direta dos trabalhadores.

As reformas que estão sendo implantadas, inclusive a sindical, pelo governo com o apoio dos patrões e de dirigentes sindicais pelegos, que habitam as centrais sindicais chapa branca retiram direitos dos trabalhadores, introduzem metas de produtividade e exterminam vagas de trabalho com a terceirização, o banco de horas para concentrar e manter o lucro dos capitalistas.

“Essa situação exige combatividade e independência das centrais sindicais da classe trabalhadora. Por isso temos que avançar no debate rumo à construção de uma nova central, pois as que estão aí se adaptaram à ordem e a institucionalidade estatal e ao projeto neoliberal”, afirma Francisvaldo Mendes, da Coordenação Nacional da Intersindical.

No encerramento, após fortes debates, votou-se a necessidade de abrir o debate sobre a construção de uma nova central sindical independente, autônoma e classista. Apesar de um setor ter aberto mão de participar da votação, a responsabilidade dos militantes do movimento social deverá aglutinar e construir com outros movimentos sociais e grupos que não estão comprometidos com a política neoliberal do governo Lula.

Berna Menezes