Segundo dia do II Conassufrgs teve defesa das teses ao Congresso

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O segundo dia do II Conassufrgs começou com a defesa das teses apresentadas ao Congresso. A primeira tese a ser defendida foi a Tese da CSC: "União e Ousadia Para Construir Uma Nova Assufrgs". O coordenador da Assufrgs, Neco, fez a apresentação e defesa da tese (clique aqui e veja a íntegra da tese). Em seguida, Ruy Muniz fez a defesa da tese "A Manutenção das IFES" (clique aqui e veja a íntegra da tese). A tese seguinte a ser defendida foi "Avançando no Rumo de Uma Universidade Crítica, Criadora e Popular", que foi defendida pelo companheiro Feltrin (clique aqui e veja a íntegra da tese). Após Feltrin, Myrela Leitão fez a defesa da tese “Construindo a Conlutas” (clique aqui e veja a íntegra da tese). A quinta tese a ser defendida foi Tese do Coletivo Tribo: Não Temos Tempo a Perder, apresentada pela coordenadora da Assufrgs Rosane Barcelos (clique aqui e veja a íntegra da tese). A sexta tese a ser defendida foi a “Pra fazer acontecer”, a coordenadora da Assufrgs Berna Menezes fez a apresentação (clique aqui e veja a íntegra da tese). Finalizando as defesas, os companheiros Cláudio Erechim e Beatriz fizeram a defesa da tese "CUT Socialista e Democrática e Independentes" (clique aqui e veja a íntegra da tese).

Após a defesa das teses, foi instalada a mesa para o painel “Desafios e Perspectivas da Universidade Brasileira”. Na mesa, os debatedores Luis Antônio, Léia Oliveira e João Paulo, todos coordenadores gerais da Fasubra, apresentaram as visões de suas forças políticas sobre a luta nas universidades hoje em dia.

Leia Oliveira foi a primeira a fazer sua exposição. A coordenadora da Fasubra iniciou apresentando o Projeto de Universidade da Fasubra: “Universidade Cidadã Para os Trabalhadores”. No projeto, de acordo com Léia, está contemplada a democracia com participação, o orçamento global, avaliação e o PDI. Para Léia, a avaliação tem o caráter de identificar os problemas. O projeto Universidade Cidadã e o Projeto de Carreira são dois instrumentos importantes para subsidiar a nossa luta. Não bastam palavras de ordem, afirmou Léia, precisamos mostrar para a sociedade a universidade que queremos, não desqualificando a universidade que temos e o seu importante papel no desenvolvimento do país. A maioria das instituições são privadas, lembrou Léia. Como comparação, Léia lembrou que antes do governo Lula, 9% estavam no Ensino Superior, hoje são 17%. No entanto, a maioria está nas universidades privadas e para Léia, é isso que devemos combater. Por último, ela ressaltou a importância da participação dos trabalhadores na vida das universidades, através do PDI e das instâncias de decisão.

Luiz Antônio foi o seguinte a fazer a apresentação. Ele ressaltou a importância do II Conassufrgs, onde várias visões se colocam de forma tranqüila. Infelizmente não se consegue isso em todas as universidades. Para Luiz Antônio, é importante sabermos como a educação se coloca frente a realidade de destruição do planeta e de desigualdade social. Luiz Antônio lembrou que, em um mundo onde as guerras se intensificam, os políticos seguem todos as normas e orientações internacionais, apesar do governo Lula dizer que não. Para Luiz, a educação vem sofrendo ataques importantes desde o governo militar. No período que vai até o governo FHC, todas as leis tinham o mesmo objetivo: privatizar a educação. Um elemento importante, para Luiz Antônio, é o pagamento da dívida, que o governo Lula intensificou. É nesse contexto que devemos pensar a educação, afirma ele. Os diversos projetos criados no governo Lula, vêm na mesma linha dos criados na década passada. Luiz fez um ataque ao Prouni, afirmando que o mesmo visa passar a educação para a iniciativa privada. Assim como a lei de Incentivo Tecnológico, as PPPs e os projetos de Fundações, que para ele é o mais grave, pois traz prejuízo não só para a educação, mas para todos os setores públicos. Para Luiz Antônio, nós, enquanto militantes, não temos que salvar apenas a educação, mas sim todo o serviço público.

Encerrando as exposições, João Paulo começou afirmando que o tema era bastante vasto e que para fazer essa avaliação temos que pensar o que é a universidade. JP afirmou que sobre esse tema temos uma unidade. Ele nunca viu ninguém combater o projeto Universidade Cidadã Para os Trabalhadores. Para João Paulo, o que temos que fazer é aperfeiçoar o nosso projeto, tendo em vista a realidade atual. Para ele teremos dificuldade de implantar o nosso projeto até numa sociedade socialista. Pois ele é muito avançado. Para JP, temos que nos unir na revolta, na indignação, pois ainda existe uma política conservadora. Para ele, muito se fez, não dá para desprezar tudo. João Paulo defendeu o Prouni, pois a sociedade não entenderia porque nós seríamos contra a expansão da universidade pública. O que ele defende é que temos que denunciar a contratação de celetistas, pois isso não é bom para a universidade. Sobre a filantropia, JP afirmou que ela sempre existiu no nosso país e que ele não anda sem isso. A diferença é que no Prouni o dinheiro vai para os pobres e negros. Mais de 300 mil pessoas puderam chegar à universidade. Para João Paulo, não é essa universidade que queremos, porém só vamos mudá-la com propostas, não com discurso fácil. O fundamental é vermos o que nos une. João Paulo encerrou, afirmando que o capitalismo é o grande mal da sociedade, pois nele não teremos uma sociedade igualitária.

Após as exposições, foram feitas várias perguntas e intervenções dos delegados do congresso e os expositores responderam aos questionamentos.

Após o almoço, foi o momento de discutir o movimento sindical no Painel “reorganização do movimento sindical e da Assufrgs”. Na mesa estavam representantes das principais centrais sindicais do país. A primeira exposição foi de Neiva Lazzarotto, representando a Intersindical. Neiva fez uma breve exposição, pois teria que sair para participar de uma entrevista coletiva da chapa vencedora da eleição do CPERS Sindicato. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi representada pelo seu presidente estadual, Celso Woyciechowski. Vera Guasso representou a Conlutas e Pedro Pozzenato representou a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). Após as exposições dos dirigentes das Centrais, o público fez intervenções e perguntas aos palestrantes.

O segundo dia do II Conassufrgs se encerrou com a discussão em Grupos de Trabalho. Nesses Grupos foram discutidas as teses apresentadas e tiradas as propostas que serão debatidas e votadas na Plenária Final que acontecerá nesse sábado a tarde.