Mais de dois mil policiais civis participam da marcha até o Palácio Piratini

Hoje foi o dia dos policiais civis marcharem para reivindicar melhores condições de trabalho do Governo Yeda Crusius e manifestar solidariedade a greve dos policiais civis de São Paulo, há 17 dias em greve. Depois de mais de 10 anos sem aumento ou quase nada de aumento os policiais saíram da frente do Palácio da Policia e marcharam até o Piratini, onde foram recebidos pelos colegas do GOE que fizeram o patrulhamento, enquanto as tropas do coronel Mendes ficaram de campana ao lado da sede do Governo.

A caminhada tomou conta da av. João Pessoa e reuniu mais de dois mil policiais que vieram de todo o interior do Estado, protestar. Em cima do caminhão de som, eles denunciaram os problemas de falta de pessoal e estrutura para trabalhar. Um dos exemplos citados foi da delegacia de Ijuí que deveria ter 36 policiais e atua com sete, sendo que dois estão de férias e cinco trabalhando.

Os policiais receberam o apoio de diversos sindicatos, como o Cpers que entrou em greve na sexta-feira, contra a política da Governadora Yeda. O Sindsepe, o Simpe, Sindipetro, o Sindibancário e a Assufrgs. As centrais sindicais também se fizeram presentes, a CUT, a Conlutas e a Intersindical, assim como os parlamentares do PT e do Psol, a senadora Heloísa Helena e o delegado da Polícia Federal Protógenes de Queiroz, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas.

O presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, foi recebido pelo chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel acompanhado do Secretário de Segurança, Edson de Oliveira Goularte junto com uma comissão.
De volta à frente do Palácio no caminhão de som, Ortiz disse que esta é a quarta vez que a pauta é entregue para o Governo e, se dirigindo ao coronel Mendes que estava ao lado do Palácio, com as suas tropas, destacou que a praça é do povo e que a polícia não é para bater em trabalhadores. “Este ato é um sinal de democracia, onde as pessoas podem se manifestar”.

Quanto as negociações ficou marcado para o dia 21 de novembro nova reunião com o governo. Ortiz afirmou que a polícia vai ficar mobilizada e que não vai negociar os direitos já adquiridos. O presidente da Servipol, Allan Mendonça, ao retornar da reunião com a Casa Civil, manifestou que a enrolação irá continuar. “É sempre assim com esta governadora, eles ouvem e não atendem as nossas reivindicações”. A Presidente do Sindicato das Perícias, Cláudia Bacelar Rita, “nunca tivemos um governo tão ruim, por isto todas as categorias de servidores públicos estão se juntando”, concluiu.

Por Luis Henrique Silveira
Engenho Comunicação e Arte Ltda