“Governo Yeda: Essa é a face da destruição do RS”, denunciam entidades

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O Fórum dos Servidores Estaduais do RS desvendou nesta quinta-feira, dia 12, a face que todos estavam curiosos por descobrir. Na segunda etapa da campanha publicitária lançada no final de janeiro por 10 entidades dos servidores do Estado, os sindicatos denunciam: “Governo Yeda: Essa é a Face da Destruição do RS. Ela não pode continuar. Fora Yeda”. Os novos outdoors estarão nas ruas de Porto Alegre e no Interior na segunda-feira, dia 16. A coordenadora geral da Assufrgs Bernadete Menezes levou a solidariedade da categoria aos servidores estaduais.

No ato público no Parque da Harmonia, os representantes da Ugeirm, Sindsepe, Semapi, Sindicaixa, Sindiágua, Sindjus, Simpe, Sindet, Federação dos Bancários/RS e CPERS/Sindicato falaram do desmonte enfrentado por suas categorias e as consequencias para a população gaúcha que necessita dos serviços públicos, principalmente nas áreas da saúde, educação e segurança.

Quando o banner com a face da governadora foi descoberto, os cerca de 500 trabalhadores presentes à atividade gritaram: “Fora, Yeda!”. Logo depois, uma caminhada percorreu as ruas do Centro até a Esquina Democrática. Acompanhados de um carro de som, que tocava um samba criado para a campanha, os servidores portavam faixas e cartazes, além de máscaras com o rosto de Yeda e tarjas pretas denunciando autoritarismo, mentira, corrupção, arrocho salarial, violência e destruição do Estado. A manifestação chamou a atenção da população que muitas vezes parava para ver a passeata passar, inclusive aplaudindo a iniciativa dos trabalhadores.

Repercussão

É uma pérola a carta enviada pelo chefe da Casa Civil do governo Yeda Crusius (PSDB), José Alberto Wenzel, às direções das empresas responsáveis pela execução da campanha publicitária. Wenzel ameaça as empresas com medidas judiciais caso a campanha seja levada adiante. Segundo ele, as críticas feitas pelos sindicatos de servidores agridem a imagem, a honra e a dignidade da governadora e de secretários ao acusar o governo de autoritarismo e corrupção.

“Tem um vestimento de carapuça: a primeira fase da campanha nem falava em governo", declarou o publicitário Henrique Silveira à Folha de São Paulo. Ato falho do braço de Yeda? Pois Wenzel afirma que esse é um governo transparente. Deve ser por isso que a primeira secretária de Transparência, criada após o escândalo do Detran, pediu para sair, acusando o governo de tratar a corrupção com “lassidão”.

Opinião das entidades

O chefe da Casa Civil deveria estar preocupado com as agressões aos interesses do Estado, vide a manifestação feita pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que recusou um convite para participar da 1ª Expoarroz, em Pelotas, caso a governadora esteja presente. Conforme as declarações do ministro, a governadora é a cara da falta de educação.

Além disso, enquanto a Assembleia Legislativa se prepara para avaliar o veto de Yeda, que quer porque quer manter o arbitrário corte de ponto de servidores que reagem às suas investidas, o Palácio Piratini quer nos calar. O que temos a dizer? Vá processar o Busatto, Yeda, por ele propor o que propôs ao vice-governador Paulo Feijó. Mas Yeda não processa nem o Antônio Maciel, que a chamou de “safada” em áudio ouvido por todos os gaúchos.

A gente sabe que não pode contar com a defesa de Yeda nessa história. Como bem sabe a Justiça Federal, Yeda é testemunha de defesa de Flávio Vaz Netto, outro denunciado por corrupção. Foi ele que a ameaçou durante depoimento prestado à CPI do Detran, pois sentia-se traído pela governadora. E a gente sabe também que o coronel Paulo Mendes, depois de exitosamente articular com outro denunciado para se tornar comandante da BM, subiu de posto e se tornou juiz de um tribunal que custa 25 milhões de reais por ano – e que deveria ser fechado.

Na avaliação das entidades, “essa é uma campanha de denúncia de um governo que tem mais de 70% de rejeição por conta do desrespeito com que vem tratando o povo gaúcho e os servidores públicos. A atual administração está destruindo o Estado. Um governo que não garante educação, saúde e segurança de qualidade não pode seguir adiante. A administração Yeda nunca optou pelo diálogo e pela negociação. Nossa iniciativa demonstra a coragem dos servidores em buscar um Estado melhor para todos. Este ato público representa um momento único, de união entre as principais categorias dos servidores do RS”.

Texto e fotos: Katia Marko/Engenho Comunicação e Arte