Escolas de lata marcam 64 anos do Cpers

Lutar contra a precariedade da educação gaúcha e pela manutenção dos direitos trabalhistas são as prioridades do Cpers em 2009. Neste 21 de Abril, o sindicato dos professores da rede pública completou 64 anos de existência.

Nas atividades comemorativas na Capital e no interior, o Cpers lembrou a trajetória de luta e de organização dos professores. Também chamou a atenção para a falta de investimento na educação. Para isso, uma réplica dos contêineres que estão servindo de sala de aula foi levada ao Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre, para que a população enxergasse de perto as dificuldades enfrentadas pelos professores e estudantes.

Para a presidente do Cpers Sindicato, Rejane de Oliveira, as escolas de lata, como o contêiner foi apelidado, é a síntese do desmonte da educação.

“Portanto, os 64 anos do Cpers terá que ser marcado por muita luta, muita resistência e enfrentamento contra um governo que não tem capacidade de negociação, envolvido em denúncias de corrupção e um governo sem nenhuma legitimidade”, diz.

No mês de Abril, o Cpers também relembra os 30 anos da primeira greve do magistério gaúcho, realizada em 1979. A mobilização não é descartada pelos professores neste ano, que enfrentam a resistência da governadora Yeda Crusius em aderir ao piso salarial e a proposta de alteração no plano de carreira.

“Agora, vai ter que pegar fogo. Vamos ter que fazer uma grande luta para defender nosso plano de carreira”, defende.

O Cpers hoje é organizado em 42 núcleos no interior do estado e possui quase 86 mil professores e funcionários de escola associados.

Raquel Casiraghi
Agência Chasque