Curso sobre sustentabilidade cria as bases para Rede EcoSindical

Na noite de terça-feira (8), iniciou a segunda semana das oficinas de mobilização e sensibilização que formarão as bases para a construção de uma Rede EcoSindical pela Sustentabilidade. Organizadas pelo Semapi, em parceria com o Instituto Biofilia e apoio da Secretaria do Meio Ambiente da CUT/RS, as oficinas integram o Projeto Cultura Ambiental, Consumo e Sustentabilidade.

“Nosso objetivo é fortalecer a aliança entre os movimentos sindical e ambiental, qualificando o debate da temática socioambiental no universo sindical e traçar uma estratégia conjunta para enfrentar um dos maiores desafios deste século, a questão ambiental”, destacou a diretora do Semapi e coordenadora do Coletivo Desenvolvimento Sustentável Iara Aragonez.

Para Iara, que está coordenando o projeto, o debate tem sido muito rico e participativo, confirmando a importância dessa iniciativa. "Esta é a primeira edição com a participação, principalmente, de dirigentes sindicais e ambientalistas. No próximo ano, pretendemos estender o projeto para as bases dos sindicatos. Queremos envolver cada vez mais sindicatos que tenham na sua pauta a preocupação com esse tema".

Dezessete pessoas estão participando da atividade iniciada no dia 1º de dezembro. Já aderiram ao Projeto o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, o Sindiágua, o Sintrajufe, a Ugeirm, o Cpers e o Sindiserf. Juntamente com o Semapi e organizações que integram o movimento ambiental, como o Instituto Biofilia, até o dia 19 de dezembro (encerramento das atividades), estará constituído o embrião da Rede EcoSindical. A partir de então, a mesma estará apta a pensar estrategicamente o futuro das organizações sindicais envolvidas, no que tange à pauta ambiental e a pauta da sustentabilidade em seu caráter mais amplo.

Programação

Nesta terça-feira (8), foram formados grupos para a sistematização dos vídeos assistidos: Como Cuba sobreviveu à escassez do petróleo; O futuro dos alimentos; Encontro com Milton Santos, Corporation e Home. Cada grupo apresentou as suas conclusões sobre os filmes.

Já na noite desta quarta-feira (9), foi tratado o Eixo Temático 3 – Soberania dos Povos. O assistente técnico da Ascar/Emater, cedido para o MDA, Francisco Caporal falou do tema Consumo, Sustentabilidade e Soberania Alimentar. O presidente da Asae, Gervásio Paulus e o diretor do Semapi Lauro Bernardi abordaram a Evolução histórica da agricultura e seus impactos socioambientais. A última palestra da noite foi Localização da Produção e Soberania Energética, com a bióloga Lucia Ortiz, do NAT (Núcleo Amigos da Terra).

Nesta quinta-feira (10), o Eixo Temático 4 será Redes Solidárias, caminhos para a transição, quando serão definidos os indicadores de sustentabilidade e de um Plano de Práticas Sustentáveis dos sindicatos para a formação da Rede EcoSindical. Antes do debate, haverá a segunda vivência corporal do curso. Durante 30 minutos, os participantes vão experimentar a técnica corporal Bioenergética, orientada por terapeutas do Namastê – Centro de Terapia Bioenergética e Meditações.

No sábado (12), será desenvolvido o Eixo Temático 5 – Cultura Alimentar, Saúde, Meio Ambiente , Desenvolvimento Local Sustentável, Soberania e Segurança Alimentar. Será feita uma análise nutricional, cultural e econômica da alimentação praticada na semana por Regina Miranda, do CONSEA, Adair Barcelos, da Cooperativa GiraSol, Felipe Amaral, do Instituto Biofilia, e Iara Aragonez, diretora do Semapi. Após o debate será preparado um “almoço sustentável”, em uma ação coletiva, quando será feita uma análise comparativa com o consumo alimentar anterior. Na ocasião, também haverá uma oficina de hortas e composteira caseiras (ação coletiva) – Teoria e Prática, com Casa Tierra, Fernando Campos e Carlos Eduardo Monteiro.

No dia 19 será encerrado o curso com o Eixo Temático 6 – Aromas, Sabores e Cores da nossa Terra. Será realizada uma vivência no campo com visita a propriedades da agricultura familiar com o objetivo de conhecer processos produtivos sustentáveis.

Segunda edição

No ano de 2010 o Projeto terá continuidade. Novas edições serão implementadas, devendo contar com a adesão dos sindicatos que não tiveram oportunidade de participar dessa primeira edição. Desta forma, a Rede deve ampliar-se e avançar em seus objetivos.