Em greve, técnicos das universidades fazem protesto no DF


Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Os funcionários das universidades federais fizeram manifestação na manhã desta quinta-feira, em Brasília

Fonte: Terra On Line

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Servidores técnico-administrativos das universidades federais, em greve desde o dia 6 de junho, fizeram uma manifestação nesta quinta-feira pela manhã em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília (DF) para pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria. Cerca de 1,6 mil servidores de todo o Brasil estão acampados na Esplanada dos Ministérios desde a última terça-feira.

Segundo Paulo Henrique Santos, coordenador-geral da Federação dos Sindicatos das Universidades Brasileira (Fasubra), o governo não tem procurado negociar com os trabalhadores em greve. "A paralisação já dura 68 dias. Até o momento, o governo não apresentou nenhuma proposta concreta para dar uma solução efetiva à pauta", disse o coordenador.

De acordo com ele, representantes da Fasubra esperam ser recebidos pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, no início da próxima semana, para negociar as reivindicações da categoria. "Ontem, em reunião com a ministra, a Central Única dos Trabalhadores pautou a nossa greve. E, ao final da reunião, foi noticiado para os servidores acampados que a Miriam Belchior havia se comprometido a receber os representantes da Fasubra", afirmou.

Aproximadamente 100 mil técnicos administrativos de 50 instituições aderiram à paralisação, segundo estimativas da federação. As principais reivindicações da categoria são aumento salarial, equiparação entre ativos e inativos, entre trabalhadores que exerçam a mesma função e restruturação de carreiras extintas.

Os servidores também criticam a Medida Provisória número 520 que autoriza o governo a criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, para gerenciar os hospitais públicos universitários. "Os 42 hospitais universitários estão na mira da privatização. Isso prejudica a população. A intenção é deixar de atender pessoas carentes para atender convênios privados", criticou a auxiliar de enfermagem Antônia Rodrigues, do Hospital da Universidade Federal do Ceará.

Na última semana, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Arnaldo Esteves Lima determinou, por meio de uma liminar, que pelo menos 50% dos servidores em greve voltem a trabalhar. Para a Fasubra, a decisão não invalida a greve. "Isso dá legalidade ao nosso movimento", disse a coordenadora-geral da Fasubra, Léia de Souza Oliveira.