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Ato de 8M em Porto Alegre reúne mais de 1.500 pessoas em defesa dos direitos das mulheres

No último sábado (8), apesar do calor de 40ºC, mais de 1.500 pessoas tomaram as ruas de Porto Alegre para denunciar diversas formas de violência contra as mulheres. O ato reuniu feministas, movimentos sociais, sindicais e diversos apoiadores.

A concentração aconteceu no Largo Glênio Peres, a partir das 9h da manhã. Além das pautas históricas de luta das mulheres, como o combate à violência, ao feminicídio e a busca pela igualdade de gênero, o protesto também trouxe à tona bandeiras atuais, como o enfrentamento ao negacionismo climático, a luta contra a jornada de trabalho 6×1 e a exigência de não anistiar golpistas.

Para Luci Jorge, integrante do GT Mulher e do Conselho de Representantes da ASSUFRGS, “Oito de março não é dia de receber parabéns, é dia de luta e conscientização. Estamos nos mobilizando contra o negacionismo climático, contra a jornada 6×1, imposta principalmente às mulheres, contra o fascismo que nos oprime e contra o capitalismo selvagem, que ameaça nossos direitos”. Luci finaliza sua fala citando a filósofa Rosa Luxemburgo: “Basta uma crise e os direitos das mulheres começam a ser questionados”.

Já Laís Camisolão, coordenadora da ASSUFRGS, lembrou que a luta das mulheres teve suas raízes nos movimentos feministas e trabalhistas do final do século XIX e início do século XX, especialmente nas fábricas têxteis de Nova Iorque. Ela ressaltou que a batalha por direitos ainda é necessária. “É um absurdo que ainda tenhamos que lutar por direitos. Direitos devem ser celebrados, não conquistados. Infelizmente, a realidade é outra. Precisamos continuar essa luta e repensar nossas políticas públicas”, afirmou Laís.

Confira a galeria de fotos do 8M: