ASSUFRGS se solidariza com professores perseguidos por denunciar práticas racistas
A ASSUFRGS manifesta total solidariedade e apoio aos professores Ana Paula dos Santos e Guilherme Runge, que vêm sofrendo perseguições e retaliações após denunciarem práticas de racismo e violência no ambiente escolar.
A Prefeitura de Cachoeirinha (RS) abriu Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Ana Paula, concursada há 11 anos e que estava trabalhando como orientadora educacional, mas foi colocada à disposição; e o professor de Geografia e de História, Guilherme, concursado há 17 anos, que denunciaram violações de direitos humanos ocorridas em uma mesma escola.
De acordo com o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Municipais de Cachoeirinha, o objetivo do PAD é apurar a conduta de servidores que possam ter cometido irregularidades no exercício de suas funções, podendo levar à demissão.
Diante dessa situação, o SIMCA está organizando uma campanha de solidariedade para que os processos administrativos sejam arquivados, pois ambos são casos de perseguição contra quem denuncia o racismo e as violações de direitos humanos. Será a segunda campanha pública antirracista de arquivamento de PAD feita pelo sindicato, pois, há cerca de nove anos, durante a greve de 2016, foi aberto PAD contra cinco dirigentes sindicais, sendo quatro pessoas negras.
A ASSUFRGS reconhece que episódios como este configuram uma forma clara de repressão à luta sindical, que se expressa por meio de assédio moral, transferências punitivas, cortes salariais, criminalização das greves e, como no caso dos docentes, através da abertura de Processos Administrativos Disciplinares (PAD). O sindicato, portanto, soma-se à luta do SIMCA, pela defesa da campanha de solidariedade antirracista.
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