Contra a escalada do ódio e violência na sociedade, nossa resposta é a luta em defesa da democracia

Historicamente, a vida da população pobre, dos negros e das mulheres sempre esteve ameaçada por crimes motivados pelo preconceito e o ódio. O crime bárbaro ocorrido na cidade de Suzano (SP), não é o primeiro. Porém, é mais um sintoma da escalada da violência que enfrentamos após a eleição de Jair Bolsonaro, cujo discurso se baseia na incitação ao ódio, ao preconceito, ao conservadorismo e a fazer justiça com as próprias mãos, se utilizando de mentiras, distorções e notícias falsas, com o intuito de confundir a população e ganhar adeptos para sua pauta retrógrada.

Grupos de cunho fascista e nazista que sempre existiram em nossa sociedade agora se sentem cada vez mais autorizados a saírem das sombras e cometer atos bárbaros. O massacre de Suzano e as suspeitas de ameaças contra a UFRGS e outras instituições de ensino são sintomas deste processo. Não podemos permitir que avancem!

Está correta a atitude da Universidade de chamar as autoridades competentes para investigar as ameaças contra a comunidade universitária e o reforço na segurança. Mas a comunidade precisa ser informada devidamente de todas as medidas tomadas e participar do processo de discussão da segurança nos campi a na sociedade. Lembrando que sempre fomos contra a terceirização da segurança nos campi, este trabalho deve ser feito por servidores concursados, com a devida estabilidade para conhecer a universidade, os campi, nossos estudantes, técnicos e professores. O debate da segurança não pode justificar um estado policialesco na universidade, como já tivemos em tempos da ditadura civil-militar.

Vamos cobrar que o caso das ameaças contra a UFRGS seja resolvido e os responsáveis presos o mais breve possível. E não podemos nos amedrontar! Vamos enfrentar o ódio e a violência, disputar a sociedade e jogar os fascistas de volta para o esgoto da história, lugar de onde nunca deveríamos ter permitido que saíssem.

Amanhã vamos todos contra a Reforma da Previdência, a primeira batalha contra o governo Bolsonaro e que deve ser o início da retomada da democracia, do respeito e da tolerância à diversidade na nossa sociedade.

Coordenação da ASSUFRGS Sindicato